Anatomia do fruto de Schlechtendalia luzulifolia Less. (Barnadesioideae, Asteraceae Bercht. & J. Presl)
Palavras-chave:
Asteraceae, embrião, endotélio, fruto, testaResumo
A subfamília Barnadesioideae, considerada basal em Asteraceae, possui grande importância para a compreensão da filogenia e evolução morfológica no grupo. O objetivo do estudo é apresentar a descrição estrutural do pericarpo e da semente em Schlechtendalia luzulifolia, gênero monotípico de Barnadesioideae. Os frutos de S. luzulifolia é uma cipsela com pericarpo papiráceo, densamente piloso, contendo uma semente exalbuminada. O mesocarpo é formado apenas por células parenquimáticas que desenvolvem espaços intercelulares, onde ocorre ampla variação de estados de desagregação e colapso celulares. O endocarpo consiste em uma única camada celular descontínua. Um feixe vascular colateral segue da rafe até a antirrafe, terminando próximo à micrópila. O embrião é axial, contínuo do tipo espatulado, com eixo hipocótilo-radícula curto e cotilédones crassos, plano-convexos, mais longos que largos. Os caracteres morfológicos observados podem ser considerados plesiomórficos para Asteraceae.
Downloads
Referências
AUGUSTO, Irmão. 1948. Flora do Rio Grande do Sul – Brasil. Porto Alegre: Imprensa Oficial de Porto Alegre. 648p.
Cabrera , a.l. 1974. Compositae. In: BURKART, A. Ed. Flora Ilustrada de Entre Rios (Argentina). Buenos Aires: INTA. t. 6, pt. 6, p. 106-538. (Colección Científica del INTA)
CORNER, E.J.H. 1976. The seeds of dycotiledons. Cambridge: Cambridge University Press. v. 1. 552p.
Feder , n.; o’brien , t.p. 1968. Plant microtechnique: some principles and new methods. American Journal of Botany, v. 55, p. 123-142.
FIOR, C.S.; CARNEIRO, A.M.; BUSNELLO, A.C.; LEONHARDT, C. 2007. Schlechtendalia luzulifolia Less.: estudos de propagação e localização de populações. Revista rasileira de Biociências, v. 5, p. 771-773.
Heineck, O. 1890. Beitrag zur Kenntnis des Feineren Baues der Fruchtschale der Kompositen. Leipzig: Druck C.G. Naumann. 29p.
JANSEN, R.K.; PALMER, J.D. 1987. A chloroplast DNA inversion marks an ancient evolutionary split in the sunflower family (Asteraceae). Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 84, p. 5818-5822.
Johri, B.M.; Ambegaokar , K.B.; Srivastava , P.S. 1992. Comparative Embryology of Angiosperms. Berlin: Springer-Verlag. 1221p.
Judd, S.w.; Campbell , c.s.; kellog , e.a.; stevens , p.f.; donoghue , m.j. 2009. Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. Porto Alegre: Artmed. 632p.
Kim , K.J.; Jansen , R.K. 1995. NdhF sequence evolution and the major clades in the sunflower family. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 92, p. 10379-10383.
McDowell , E.M.; Trump, B. 1976 . Histological fixatives for diagnostic light and electron microscopy. Archives of Pathology & Laboratory Medicine, v. 100, p. 405-414.
MONDIN, C.A.; BAPTISTA, L.R.M. 1996. Relações Biogeográficas
da tribo Mutisieae Cass. (Asteraceae), sensu Cabrera, no Rio Grande o Sul. Comunicação do Museu de Ciências e Tecnologia – PUCRS, Série Botânica, v. 2, n. 1, p. 49-152.
PANDEY, A.K.; SINGH, R.P. 1980. Development and structure of seeds and fruits in tribe Vernonieae – some Vernonia and Elephantopus species. Flora, v. 169, p. 443-452.
PANDEY, A.K.; SINGH, R.P.; CHOPRA, S. 1978. Development and structure of seeds and fruits in Compositae – Cichorieae. hytomorphology, v. 28, p. 198-206.
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista das espécies da flora ameaçadas de extinção do Rio Grande do Sul, 2002. Disponível em: <http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/pdf/especies-ameacadas.pdf>. Acesso em: 27 out. 2008.
Roth, i. 1977. Fruits of Angiosperms. Berlin: Gebrüder Borntraeger. 675p.
Urtubey , e.; teller ía, m.a. 1998. Pollen morphology of the subfamily Barnadesioideae (Asteraceae) and its phylogenetic and taxonomic significance. Review of Paleobotany and Palynology, v. 104, p. 19-37.
Wodehouse , r.p. 1935. Pollen grains. New York: McGraw-Hill. 574p.