Pteridófitas ocorrentes em dois remanescentes de Floresta Estacional Decidual no Vale do Taquari, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Carlos Rodrigo Lehn
  • Caroline Leuchtenberger
  • Marco Antonio da Fontoura Hansen

Palavras-chave:

Samambaias, formas de vida, formas de crescimento, diversidade, florística.

Resumo

 

Foi realizado um levantamento da riqueza de pteridófitas encontradas em dois fragmentos de Floresta Estacional Decidual, situados na Região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Nas duas áreas estudadas, foram registradas 56 espécies, 36 gêneros e 15 famílias. No remanescente situado no interior do município de Roca Sales foram encontradas 48 espécies e no remanescente situado em Arroio do Meio, 32 espécies. A maior parte das famílias observadas foi encontrada em ambas as áreas, com exceção de Gleicheniaceae, Hymenophyllaceae, Osmundaceae e Vittariaceae que foram restritas ao remanescente Roca Sales. A forma de vida hemicriptófita foi a mais comum nas duas áreas. Reptante foi a forma de crescimento mais freqüente em Roca Sales e rosulada em Arroio do Meio. As famílias Polypodiaceae, Pteridaceae e Dryopteridaceae foram predominantes em número de espécies nos dois remanescentes estudados. Os remanescentes estudados em Roca Sales e Arroio do Meio reúnem, respectivamente, 15% e 10% das espécies de pteridófitas listadas para o Estado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Pecluma Price (Polypodiaceae, Pteridophyta) no Estado do Rio Grande do Sul. Pesquisas, Botânica, São Leopoldo, v. 53, p. 65-77.

______. 2006. Florística e aspectos ecológicos das pteridófitas em uma floresta de restinga no Estado do Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica, v. 61, n. 1/2, p. 63-71.

BACKES, A. 1962. Contribuição ao estudo da flora pteridofítica dos capões do Rio Grande do Sul (Brasil). I – Capão do Corvo (Canoas). Instituto Geobiológico, v. 10, p. 1-61.

BARROS, I.C.L. 1997. Pteridófitas ocorrentes em Pernambuco: ensaio biogeográfico e análise numérica. 557f. Tese (Doutorado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.

BAUER, N.A. 2004. Análise da Pteridoflora em um Remanescente de Floresta Estacional Decidual, no Parque Estadual do Turvo, município de Derrubadas, Rio Grande do Sul. 108f. Dissertação (Mestrado em Biologia) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo.

BUENO, R.M.; SENNA, R.M. 1992. Pteridófitas do Parque Nacional dos Aparados da Serra. I. Região do Paradouro. Caderno de Pesquisa, Série Botânica, v. 4, n. 1, p. 5-12.

CISLINSKI, J. 1996. O gênero Diplazium Sw. (Dryopteridaceae, Pteridophyta) no estado do Paraná, Brasil. Acta botanica brasílica, v. 10, n. 1, p. 59-77.

CORTEZ, L. 2001. Pteridófitas epífitas encuentradas em Cyatheaceae y Dicksoniaceae de los bosques nublados de Venezuela. Gayana, Botánica, v. 58, p. 13-23.

DUTRA, J. 1938. A Flora Pteridofita do Estado do Rio Grande do Sul. In: Reunião Sul -Americana de Bot ânica , 1, 1938, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro, v. 2, p. 1-68.

ELLENBERG, H.; MUELLER-DOMBOIS, D. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley. 547p.

FALAVIGNA, T. 2002. Diversidade, Formas de Vida e Distribuição Altitudinal das Pteridófitas do Parque da Ferradura, Canela (RS), Brasil. 106f. Dissertação (Mestrado em Biologia) –Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo.

FERNANDES, I. 1997. Taxonomia e fitogeografia de Cyatheaceae e Dicksoniaceae nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. 435f. Tese (Doutorado em Botânica) – Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo.

HIRAI, R.Y.; PRADO, J. 2000. Selaginellaceae Willk. no Estado de São Paulo, Brasil. Revista brasileira de Botânica, v. 23, n. 3, p. 313-339.

ISABELLE, A. 1983. Viagem ao Rio Grande do Sul (1833- 1834). 2. ed. Porto Alegre: Martins Livreiro. 165p.

KAZMIRCZAK, C. 1999. A família Blechnaceae (Presl.) Copel. (Pteridophyta) no Rio Grande do Sul, Brasil. 153f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

KIELING-RUBIO, M.A.; WINDISCH, P.G. 2002. O gênero Dennstaedtia Moore (Dennstaedtiaceae, Pteridophyta) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânica, v. 52, p. 185-194.

KÖPPEN, W. 1948. Climatologia con uno estudio de los climas de la tierra. México, D.F.: Ed. Fondo Cultura Econômica. 106p.

KORNÁS, J. 1977. Life forms and seasonal patterns in the pteridophytes in Zambia. Acta Societatis Botanicorum Poloniae, v. 46, n. 4, p. 669-690.

LELLINGER, D. 1972. A revision of the fern genus Niphidium. American Fern Journal, v. 62, n. 4, p. 101-120.

LEÓN, B. 1992. A taxonomic revision of the fern genus Campyloneurum (Polypodiaceae). 105f. Tese (Doutorado em Botânica Sistemática) – Biologisk Institut, Aarhus Universitet, Aarhus.

LINDMAN, C.A.M.; FERRI, M.G. 1974. A vegetação no Rio Grande do Sul. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia/EDUSP. 377p.

______. 1900. Vegetationen Rio Grande do Sul. Stokholm: K. L. Beckmans Boktryckeri. 239p.

LORSCHEITTER, M.L.; ASHRAF, A.R.; BUENO, R.M.; MOSBRUGGER, V. 1998. Pteridophyte Spores of Rio Grande do Sul Flora, Brazil. Part I. Palaeontographica, v. 246, p.1-113.

LORSCHEITTER, M.L.; ASHRAF, A.R.; WINDISCH, P.G.; MOSBRUGGER, V. 1999. Pteridophyte spores of Rio Grande do Sul Flora, Brazil, Part II. Palaeontographica, v. 251, p. 71-235.

______. 2001. Pteridophyte spores of Rio Grande do Sul flora, Brazil. Part III. Palaeontographica, v. 260, n. 1-6, p. 1-165.

______. 2002. Pteridophyte spores of Rio Grande do Sul Flora, Brazil. Part IV. Palaeontographica, v. 263, p. 1-159.

______. 2005. Pteridophyte spores of Rio Grande do Sul flora, Brazil. Part V. Palaeontographica, v. 270, p. 1-180.

LUEDERWALDT, H.V. 1923. Die Cyathaceen aus der Umgebung der Stadt S. Paulo. Zeitschrift Deutscher Verein für Wissenchaft und Kunst, v. 16, p. 83-118.

MICKEL, J.T. 1962. A monographic study of the fern genus Anemia, subgenus Coptophyllum. Iowa State University of Science and Technology, v. 16, n. 4, p. 349-482.

MONDIN, C.A.; SILVEIRA, N.J.E. 1989. Levantamento florístico do Parque Estadual do Espigão Alto, RS, BR. I. Relação preliminar das pteridófitas. Loefgrenia, v. 96, p. 1-5.

MORENO, J.A. 1961. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura. 42p.

MYNSSEN, C.; WINDISCH, P.G. 2004. Pteridófitas da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Rodriguésia, v. 55, n. 85, p. 126-156.

ØLLGARD, B.; WINDISCH, P.G. 1987. Sinopse das Licopodiáceaes do Brasil. Bradea, v. 1, n. 5, p. 1-43.

PIETROBOM, M.R. 2000. Pteridófitas da Mata do estado – Serra do Mascarenhas – Município de São Vicente Férrer, Estado de Pernambuco, Brasil. 283f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

PEREIRA-NORONHA, M.R. 1989. Formas de vida e reprodução em pteridófitas. 272f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade do Estado de São Paulo, São Paulo.

PONCE, M. 1987. Revisión de las Thelypteridaceae (Pteridophyta) Argentinas. Darwiniana, v. 28, n. 1-4, p. 317-390.

PRADO, J.; WINDISCH, P.G. 2000. The genus Pteris L. (Pteridaceae) in Brazil. Boletim do Instituto de Botânica, v. 13, p. 103-199.

PRICE, M.G. 1983. Pecluma, a new tropical american fern genus. American Fern Journal, v. 73, n. 3, p. 109-116.

SCHENCK, V.H. 1896. Brasilianische Pteridophyten. Hedwigia, v. 35, p. 141-172.

SCHMITT, J.L.; WINDISCH, P.G. 2003. Relação entre comprimento do estípite, produção de frondes e tamanho do cáudice em Alsophila setosa Kaulf. (Pteridophyta, Cyatheaceae). Pesquisas, Botânica, v. 54, p. 55-63.

_______. 2004. Aspectos ecológicos de Alsophila setosa Kaulf (Cyatheaceae, Pteridophyta) no Rio Grande do Sul. Acta botanica

brasilica, v. 19, n. 4, p. 859-865.

SCHMITT, J.L.; FLECK, R.; BURMEISTER, E.L.; KIELINGRUBIO, M.A. 2006. Diversidade e formas biológicas de pteridófitas da Floresta Nacional de Canela, Rio Grande do Sul: contribuições para o plano de manejo. Pesquisas, Botânica, v. 57, p. 275-288.

SENNA, R.M. 2005. Uma nova espécie de Rumohra Raddi (Dryopteridaceae) do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 60, n. 2, p. 253-258.

SENNA, R.M.; KAZMIRCZAK, C. 1997. Pteridófitas de um Remanescente Florestal no Morro da Extrema, Porto Alegre, RS. Revista Faculdade Zootecnia e Veterinária Agropecuária, v. 4, n. 1, p. 47-57.

SENNA, R.M.; WAECHTER, J.L. 1997. Pteridófitas de uma floresta com araucária. 1. Formas biológicas e padrões de distribuição geográfica. Iheringia, Série Botânica, v. 48, p. 41-58.

SEHNEM, A. 1967. Osmundáceas. Flora Ilustrada Catarinense, n. OSMU, p. 1-11.

______. 1968. Blecnáceas. Flora Ilustrada Catarinense, n. BLEC, p. 1-90.

______. 1970. Gleiqueniáeceas. Flora Ilustrada Catarinense, n. GLEI, p. 1-73.

______. 1972. Pteridáceas. Flora Ilustrada Catarinense, n. PTER, p. 1-244.

______. 1977. As filicíneas do sul do Brasil, sua distribuição geográfica, sua ecologia e suas rotas de migração. Pesquisas, Botânica, v. 31, p. 1-108.

______. 1979. Aspidiáceas. Flora Ilustrada Catarinense, n.ASPI, p. 1-356.

SILVA JUNIOR, A.; RÖRIG, J.F.S. 2001. Estudo florísticoecológico das pteridófitas da localidade de Picada Verão, Sapiranga-RS. Pesquisas, Botânica, v. 51, p. 137-145.

SOTA, E.R. de la. 1971. El epifitismo y las pteridófitas en Costa Rica (America Central). Nova Hedwigia, v. 21, n. 2/4, p. 401-465.

STEFFENS, C.; WINDISCH, P.G. 2007. Diversidade e formas de vida das pteridófitas do Morro da Harmonia em Teutônia-RS, Brasil. Pesquisas, Botânica, v. 58, p. 375-382.

SYLVESTRE, L.S. 2001. Revisão taxonômica das espécies da família Aspleniaceae A.B. Frank ocorrentes no Brasil. 122f. Tese (Doutorado em Botânica) – Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo.

TROPICOS. Nomenclatural database. Disponível em: . Acesso em: jun. 2005.

TRYON, R.M. 1962. The fern genus Doryopteris in Santa Catarina

and Rio Grande do Sul, Brazil. Sellowia, n. 14, p. 51-59.

TRYON, R.M.; TRYON, A.F. 1982. Ferns and allied plants with special reference to tropical America. New York: Springer. 857p.

WINDISCH, P.G. 1992. Pteridófitas da região norte-ocidental do estado de São Paulo. São José do Rio Preto: Ed. da UNESP. 110p.

Downloads

Publicado

2009-06-17

Como Citar

Lehn, C. R., Leuchtenberger, C., & Hansen, M. A. da F. (2009). Pteridófitas ocorrentes em dois remanescentes de Floresta Estacional Decidual no Vale do Taquari, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica., 64(1), 23–31. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/131

Edição

Seção

Artigos