Efeitos alelopáticos de Lafoensia glyptocarpa Koehne sobre Sesamum indicum L. e sobre o crescimento de coleóptilos de Triticum aestivum L.
Parole chiave:
alelopatia, Lafoensia glyptocarpa, Sesamum indicum, sinergismoAbstract
Este trabalho avaliou o potencial alelopático de extratos foliares e radiculares de Lafoensia glyptocarpa Koehne sobre a germinação de sementes e o crescimento de plântulas e de células do metaxilema de gergelim (Sesamum indicum L.). A partir dos resultados, verifi cou-se que os extratos de folhas e raízes de L. glyptocarpa causaram alterações na germinação das sementes e no crescimento das plântulas de gergelim, além de alterações na raiz primária e diminuição no tamanho e número de células do metaxilema. Foram também obtidos extratos foliares com hexano, diclorometano, acetato de etila, acetona e metanol, e testados sobre o desenvolvimento de coleóptilos de trigo, sendo que os quatro últimos apresentaram atividade. Com o sub-fracionamento do extrato de acetato de etila, que se apresentou como o mais promissor, cessou a atividade inibitória para as sub-frações, sendo posteriormente verifi cada a presença de sinergismo entre elas.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Al-Wakeel, S.A.M., Gabr, M.A., Hamid, A.A. & AbuEl-Soud, W.M. 2007. Allelopathic effects of Acacia nilotica leaf residue on Pisum sativum L. Allelopathy Journal 19(2):411-422.
Aliotta, G., Ligrone, R., Ciniglia, C., Pollio, A., Stanzione,M. & Pinto, G. 2004. Application of microscopic techniques to the study of seeds and microalgae under olive oil wastewater stress. In: Allelopathy – Chemistry
and mode of action of allelochemicals (F.A. Macías; J.C.G. Galindo; J.M.G. Molinillo & H.G. Cutler, eds). Editora CRC Press, Washington, p. 289-314.
Borella, J. & Pastorini, L.H. 2009. Infl uência alelopática de Phytolacca dioica L. na germinação e crescimento inicial de tomate e picão-preto. Biotemas 22(3):67-75.
Borghetti, F. & Ferreira, A.G. 2004. Interpretação de resultados de germinação. In Germinação do básico ao aplicado (A.G. Ferreira & F. Borghetti, eds.). Ed. Artmed, Porto Alegre, p. 209-222.
Carmo, F.M.S.; Borges, E.E.L. & Takaki, M. 2007. Alelopatia de extratos aquosos de canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer). Acta Botanica Brasílica 21(3)697-705.
Carvalho, P.E.R. 2006. Espécies arbóreas brasileiras. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Informação Tecnológica, Brasília. v.2. 627p.
Chaves, N., Sosa, T., Escudero, J.C. 2001. Plant growth inhibiting fl avonoids in exudate of Cistus ladanifer and in associated soils. Journal of Chemical Ecology 27:623-631.
Einhellig, F.A. 1995. Mechanism of action of allelochemicals in allelopathy. In Allelopathy: Organisms, processes, and applications (Inderjit, K.M.M. Dakshini & F.A. Einhellig, eds.). American Chemical Society, Washington DC, p. 96-116.
Escudero, A., Albert, M.J., Pita, J.M. & Pérez-Garcia, F. 2000. Inhibitory effects of Artemisia herba-alba on the germination of the gypsophyta Helianthemum squamatum. Plant Ecology 148:71-80.
Ferreira, A.G. & Áquila, M.E.A. 2000. Alelopatia: uma área emergente da ecofi siologia. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal 12:175-204.
Gatti, A.B., Perez, S.C.J.G.A. & Lima, M.I.S. 2004. Atividade Alelopática de extratos aquosos de Aristolochia esperanzae O. Ktze na germinação e
crescimento de Lactuca sativa L. e Raphanus sativus L. Acta Botânica Brasílica 18 (3): 459-472.
Gatti, A.B. Atividade alelopática de espécies do cerrado. 2008, 138 f. Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo.
Grisi, P.U.; Ranal, M.A.; Gualtieri, S.C.J. & Santana, D.G. 2012. Allelopathic potential of Sapindus saponaria L. leaves in the control of weeds. Acta Scientiarum. Agrononomy 34(1):1-9.
Grisi, P.U.; Gualtieri, S.C.J.; Anese, S.; Pereira, V.C. & Forim, M.R. 2013. Effect of Serjania lethalis ethanolic extract on weed control. Planta Daninha 31(2):239-248.
Hancock, C.R.; Barlow, H.W. & Lacey, H.J. 1964. The East Malling Coleoptile Straight Growth Test Method. Experimental Botany 15(1):166- 176.
Inoue M.H.; Santana D.C.; Souza-Filho A.P.S.; Possamai A.C.S.; Silva L.E.; Pereira M.J.B. & Pereira K.M. 2010. Potencial alelopático de Annona crassifl ora: Efeitos sobre plantas daninhas. Planta Daninha 28 (3):489-498
IAS. International Allelopathy Society. 2012. Disponível em: http://www.international-allelopathy-society.org. Acesso em: 12.11.2012.
Kraus, J.E. & Arduin, M. 1997. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Rio de Janeiro, Seropédica. Editora Universitária Rural, Rio de Janeiro, p. 198.
Kubo, I.; Muroi, H. & Himejina, M. 1992. Antimicrobial activity of green tea fl avor components and their combination effects. Journal of Agricultural and Food Chemistry. 40:245-248.
Labouriau, L.G. & Valadares, M.B. 1976. On the germination of seeds of Calotropis procera. Anais da Academia Brasileira de Ciências 48:174-186.
Labouriau, L.G. 1983. A germinação das sementes. Washington: Departamento de Assuntos Científicos e Tecnológicos da Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, 174 p.
Lorenzi, H. 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Instituto Plantarum, Nova Odessa, São paulo. 368 p.
Macías, F.A.; Galindo, J.C.G.; Molinillo, J.M.G. & Cutler H.G. 2004. Allelopathy: Chemistry and mode of action of allelochemicals .CRC Press, Washington, 372 p.
Macías, F.A.; Galindo, J.L.G. & Galindo J.C.G. 2007. Evolution and current status of ecological phytochemistry. Phytochemistry 68:2917–293.
Macías F.A.; Oliveiros-Bastidas A.; Marín D.; Carrera C.; Chinchilla N. & Molinillo J.M.G. 2008. Plant biocommunicators: their phytotoxicity, degradation studies and potencial use as herbicides models. Phytochemistry Reviews 7:179-194.
Macías, F.A.; Lacret, R.; Varela, R.M.; Nogueiras, C. & Molinillo, J.M.G. 2010. Isolation and Phytotoxicity of Terpenes from Tectona grandis. Journal of Chemical Ecology 36:396-404.
Maraschin-Silva, F. & Áquila, M.E.A. 2006. Potencial alelopático de espécies nativas na germinação e crescimento inicial de Lactuca sativa L. (Asteraceae). Acta Botânica Brasílica 20(1): 61-69.
Odum, E. Fundamentos de Ecologia. 2007. Thomson, São Paulo. 612 p.
Oliveiros-Bastidas A.J. 2008. El fenómeno alelopático. El concepto, las estrategias de estudio y su aplicación en la búsqueda de herbicidas naturales. Química Viva 7(1):1-34.
Pina, G.O. 2008. Efeito alelopático do extrato aquoso foliar de Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae – cagaita) na germinação, crescimento e morfo-anatomia de Sesamum indicum L. (Pedaliaceae – gergelim) e
Raphanus sativus L. (Brassicaceae – rabanete) 106 f. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília, Brasília.
Pires, N.M. & Oliveira, V.R. 2001. Alelopatia. In: Plantas daninhas e seu manejo (Oliveira Jr, R.S. & Constantin, J.,Coord.).. Agropecuária, Guaíba. p. 145-185.
Santana, D.G. & Ranal, M.A. 2004. Análise da germinação: um enfoque estatístico. Editora Universidade de Brasília, Brasília. 247p.
Santos, W.D.; Ferrarese, M.L.L.; Nakamura, C.V.; Mourão, K.S.M.. C.; Mangolin, A. & Ferrarese-Filho,O. 2008. Soybean (Glycine max) root lignifi cation induced by ferulic acid. The possible mode of action. Journal of Chemical. Ecology 34(9):1230-1241.
Silva, J.; Fortes, A.M.T.; Gomes, F.M.; Pinto, T.T.; Bonamigo, T. & Boiago, N.P. 2011. Alelopatia de Camelina sativa Boiss. (Brassicaceae) sobre a
germinação e desenvolvimento inicial de Bidens pilosa (L.) e Glycine max (L.) Merr. Biotemas 24(4):17-24.
Souza-Filho, A.P.S. 2006. Proposta metodológica para análise da ocorrência de sinergismo e efeitos potencializadores entre aleloquímicos. Planta daninha, Viçosa 24(3):607-610.
Tamimoto, E. 2005. Regulation of root growth by plant hormones: Roles for auxin and gibberellin. Critical Reviews in Plant Sciences 24:249–265.
Waller, G.R. 1999. Introduction. In Recent Advances in Allelopathy (Macías F.A.; Galindo J.C.G.; Molinillo J.M.G. & Cutler H.G., eds.). Universidad de Cádiz, Cádiz. p. 63-70.
Weidenhamer, J.D. 1994. Allelopathic potential of menthofuran monoterpenes from Calamuntha ashei. Journal of Chemical Ecology 20:3345-3359.
Weir T.; Park S-W. & Vivianco, J.M. 2004. Biochemical and physiological mechanisms mediated by allelochemicals. Current Opinion in Plant Biology
:472-479.