Macrófitas Aquáticas da Lagoa Silvana, Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil
Palavras-chave:
florística, ilha flutuante, sucessão, baceiro, epífita.Resumo
A Lagoa Silvana é um ecossistema natural localizado no vale do Rio Doce (42°28’48” W e 19°29’00” S), leste do estado de Minas Gerais. Apresenta um espelho d’água de 400 hectares, profundidade máxima de 14,8 m, e na maior parte de suas margens, verifica-se um fragmento de Mata Atlântica em sucessão secundária, além de plantações de Eucalipto. Neste trabalho, realizou-se um inventário da vegetação aquática presente em toda área da lagoa. Apresenta-se uma listagem de 56 espécies de macrófitas aquáticas distribuídas em 35 famílias botânicas, sendo Cyperaceae e Onagraceae as mais representativas, com 6 spp cada. Todas formas biológicas foram encontradas na área de estudo, onde as epífitas, que ocorrem em ilhas flutuantes, predominaram com 71,4% das espécies.Downloads
Referências
APG (Angiosperm Phylogeny Group) II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botany Journal of the Linnean Society, v. 141, p.
-436.
BRANDÃO, M.; LACA-BUENDIA, J.P.; GAVILANES, M.L. 1989. Plantas palustres que se comportam como invasoras no Estado de Minas Gerais. Acta Botanica Brasilica, v. 2, n. 1, p. 255-265.
BRUMMITT, R.K.; POWELL, C.E. 1992. Authors of Plant Names. Kew: Royal Botanic Garden. 732p.
COOK, C.D.K.; GUT, B.J.; RIX, E.M.; SCHENELLER, J.; SEITZ, M. 1974. Water plants of the world. The Hague: Junk Publ. 568p.
DRUMMOND, G.M.; MARTINS, C.S.; MACHADO, A.B.; SEBAIO, F.A.; ANTONINI, Y. 2005. Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservação. Belo Horizonte: Fundação Biodiversistas. 222p.
ESTEVES, F. 1988. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Interciência/ FINEP. 575p.
GILHUIS, J.P. 1986. Vegetation survey of the Parque Florestal Estadual do Rio Doce, MG, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 112p.
IGA-MG (Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais) 1977. Mapa geomorfológico 1:500.000. Folha de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. 1 mapa.
IRGANG, B.E.; PEDRALLI, G.; WAECHTER, J.I. 1984. Macrófitos aquáticos da Estação Ecológica do Taim, Rio Grande do Sul, Brasil. Roessleria, Porto Alegre, v. 6, p. 395-404.
JUNK, W.; SILVA, C.J. 1999. O conceito do pulso de inundação e suas implicações para o Pantanal de Mato Grosso. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SOCIOECONÔMICOS DO PANTANAL, 2., 1996, Corumbá. Anais... Brasília. p.17-28.
KÖPPEN, W. 1931. Climatologia. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica. 338p.
KRAMER K.U.; GREEN P.S. 1990. The Families and Genera of Vascular Plants: Pteridophytes and Gymnosperms. New York: Springer Verlag. 404p.
LIMA, Z.M. de; PAULA, A.M. de; SÉRGIO, E.C.; SOARES, C.R.; MACEDO, M. 1999. Aspectos ecológicos da dispersão em “camalotes” de macrófitas aquáticas na Baía Piuvial, Pantanal de Poconé – MT. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS DO PANTANAL, 2., 1999, Corumbá. Anais... Brasília. p. 381-385.
MARTINS, H.F.; CARAUTA, J.P.P. 1984. Plantas aquáticas. Classificação e comentários. Atas da Sociedade Botânica do Brasil, v. 2, n. 13, p. 101-104.
MELLO, C.L. 1997. Sedimentação e tectônica cenozóicas no médio Vale do Rio Doce (MG, sudeste do Brasil) e suas implicações na evolução em um sistema de lagos. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo. 75p.
MENDONÇA, M.P.; LINS, L.V. 2000. Lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da flora de Minas Gerais. Belo Horizonte: Biodiversitas & Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. 157p.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado da Agricultura. 1980. Zoneamento agroclimático do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte. 114p.
NEIFF, J.J. 1982. Esquema Sucessional de la Vegetacion em Islas Flotantes Del Chaco Argentino. Boletin de la Sociedad Argentina de Botánica, v. 21, n. 1-4, p. 325-341.
PEDRALLI, G. 2000. Padrões florísticos como subsídios à conservação da biodiversidade de macrófitas aquáticas. Tópicos Atuais em Botânica. Brasília: EMBRAPA. p. 335-339.
POTT, V.J.; POTT, A. 2000. Plantas aquáticas do Pantanal. Corumbá: EMBRAPA. 353p.
RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. 1996. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 906p.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 1997. Convenção de Ransar sobre zonas úmidas de importância internacional, especialmente com habitat de aves aquáticas. São Paulo. 24p. (Entendendo o Meio Ambiente, 3).
SIF-IEF (Sociedade de Investigações Florestais – Instituto Estadual de Florestas). 1990. Plano Diretor do Parque Estadual Florestal do Rio Doce. Viçosa. 99p.
______. 2003. Dinâmica da vegetação aquática do Pantanal. In: THOMAZ, S.M.; BINI, L.M. Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: Ed. da Universidade Estadual de Maringá, cap. 6, p. 145-162.
TUNDISI, J.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; BARBOSA, F.A.R.; GENTIL, J.G.; RUGANI, C.; PONTES, M.C.F.; ALEIXO, R.C.; OKANO, W.Y.; SANTOS, L.C. 1978. Estudos limnológicos no Parque Florestal do Rio Doce, MG. São Carlos: UFSCar. 145p.
TUNDISI, J.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; PONTES, M.C.F.; GENTIL, J.G. 1981. Limnological studies at quaternary lakes in eastern Brazil. I. Primary production of phytoplankton and ecological factors at lake D. Helvecio. Revista Brasileira de Botânica, v. 4, p. 5-14.
TUR, N.M. 1972. Embalsados y Camalotes de la Región Isleña Del Paraná Médio. Darwiniana, v. 17, p. 397-407.
VELOSO, H.P.; RANGEL FILHO, A.L.R.; LIMA, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE. 124p.