Euglenophyceae pigmentadas em lagoa ácida rasa, Parque Estadual de Itapuã, sul do Brasil

Autores

  • Sandra Maria Alves-da-Silva
  • Viviane Berwanger Juliano
  • Gilberto Carvalho Ferraz

Palavras-chave:

Euglenophyceae pigmentadas, taxonomia, distribuição, lagoa ácida.

Resumo

Este trabalho é o resultado do estudo qualitativo sazonal de Euglenophyceae pigmentadas
em uma lagoa rasa, ácida, no Parque Estadual de Itapuã (30°20’-30°27’S e 50°50’-51°05’W), próximo da capital do estado do Rio Grande do Sul, área com cerca de 5.566,50 ha. O parque está inserido em área com clima subtropical. Foram identificados 59 táxons em nível específico e infra-específico, muitos dos quais, são primeiros registros para área. Phacus longicauda var. major f. insecta, Trachelomonas bulla, T. crispa e T. granulosa var. subglobosa são novas citações para o Rio Grande do Sul e Trachelomonas balechii é novo registro para o Brasil. Trachelomonas foi o gênero com maior número de táxons na lagoa. Vinte e sete táxons são cosmopolitas e sete são encontrados exclusivamente na América do Sul. A maior diversidade foi verificada na primavera e a menor no verão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES-DA-SILVA, S.M.; BRIDI, F.C. 2004a. Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. 3. Strombomonas Defl. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 3, p. 555-572.

______. 2004b. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringheim) Pochmann. Iheringia. Série Botânica, v. 59, n. 1, p. 75-96.

ALVES-DA-SILVA, S.M.; HAHN, A. 2001. Lista de Euglenophyta registradas em ambientes de águas continentais e costeiras do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica, n. 55, p. 171-188.

ALVES-DA-SILVA, S.M.; TORRES, J.R. 1994a. Estudo taxonômico do gênero Phacus Duj. (Euglenaceae) no Parque Zoológico, Sapucaia do Sul e no Jardim Botânico, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Iheringia. Série Botânica, n. 44, p. 45-83.

______. 1994b. O gênero Euglena Ehr. de sistemas lênticos do Parque Zoológico e do Jardim Botânico, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v. 54, n. 2, p. 345- 363.

BOURRELY, P. 1972. Les algues d’eau douce: initation à la systematique. III les algues blues et rouges, les Eugléniens, Peridiniens et Cryptomonadines. Paris: N. Boubée, 1970. v. 3, p. 1-512.

BOURRELLY, P.; MANGUIN, E. 1952. Algues d’eau douce de la Guadaloupe et dépendances cueilles por la Mission P. Allorge en 1936. Paris: Societe D’Edition D’Enseignement Superior. 181p.

BRASSAC, N.M.; TORGAN, L.C.; LUDWIG, T.A.V. 2003. Transfer of Surirella schweickerdtii to the genus Stenopterobia. Diatom Research, v. 18, n. 1, p. 185-190.

BROOK, A.J. 1965. Planktonic algae as indicators of lakes types, with special reference to the Desmidiaceae. Limnology and Oceanograph, v. 10, p. 403-411.

CALLEGARO, V.L.M. 1980. Diatomáceas da Lagoa Negra, Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica, n. 27, p. 69-99.

______. 1981a. Contribuição ao estudo das diatomáceas Bacillariophyceae da Lagoa-Represa de Tarumã. Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica, n. 26, p. 85-144.

______. 1981b. Estudo da Comunidade fitoplânctonica da Lagoa Negra, Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brazil. Iheringia. Série Botânica, n. 28, p. 157-167.

CONFORTI, V.T.D. 1989. Algunas Euglenoides Nuevos o Interessantes de la Argentina. Cryptogamie Algologie, v. 10, n. 1, p. 69-79.

CONRAD, W. 1935. Etude systématique du genre Lepocinclis Perty. Mémoires du Musée Histoire Naturelle Belgique, v. 1, p. 1-85.

CONRAD, W.; VAN-MELL, L. 1952. Materiaux pour une monographie de Trachelomonas Ehrenberg C., 1834, Strombomonas Deflandre, G., 1930, et Euglena Ehrenberg C., 1832, genres d’Euglenacées. Memoires de Institut Royal des Sciences naturelle de Belgique, v. 124, p. 1-176.

CUNHA, A.M. 1914. Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil. Memórias do Instituto de Oswaldo Cruz, v. 5, n. 2, p.101-122.

DANGEARD, P.A. 1901. Recherches sur les Eugléniens. Le Botaniste, v. 8, p. 97-357.

DEFLANDRE, G. 1926. Monographie du genre Trachelomonas

Ehrenberg. Nemours: André Lesot. 162p., il. Cópia xerografada.

______. 1930. Strombomonas, nouveau genre d’Euglenacées (Trachelomonas Ehr. pro parte). Archiv für Protistenkunde,

v. 69, n. 3, p. 551-614.

DILLARD, G.E. 2000. Freshwater algae of the Southeastern United State; pigmented Euglenophyceae. Berlin: J. Cramer. pt. 7, 134p., 20 pl.(Biblioteca Phycologica, 106).

GOJDICS, M. 1953. The genus Euglena. Madison: University of Wisconsin Press. 268p., il.

HUBER-PESTALOZZI, G. 1955. Euglenaceen. In: HUBERPESTALOZZI, G. (Ed.). Das phytoplankton des Süssuwassers: sistematik und Biologie. Stuttgart: E. Schweizervant’ sche Verlangsbuchhandlung. v. 16, n. 4, p. 1-605.

HUTCHINSON, G. E. 1967. A treatise of Limnology: Introduction to lake biology and the limnoplankton. New York: John Wiley. v.2, 1115p.

NÉMETH, J. 1980. Az ostoros Algák (Euglenophyta). Budapeste: Vizdock. v. 1, 294p. (Hidrobiológica Series, 8).

PEREIRA, M.J.; AZEITEIRO, U.M.M. 2003. Ecological notes on the species Phacus Dujardin (Euglenophyta) from the central region of Portugal. Acta Oecologica, v. 24, p. 33-48.

POCHMANN, A. 1942. Synopsis des Gattung Phacus. Archive für Protistenkunde, v. 5, n. 2, p.121-252.

PORTO ALEGRE. Departamento Municipal de Águas e Esgotos. 1975. Distribuição fitoplanctônica nas águas da Região Metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre. 53p.

PRINGHEIM, E.G. 1956. Contributions towards a monograph of the genus Euglena. Nova Acta Leopoldina, v. 18, n. 125, p. 1-168.

RINO, J.A.; PEREIRA, M.J. 1988. Euglenophyta da região centro de Portugal I. Gênero Trachelomonas Ehr. 1833 emend. Defl. 1926. Revista de Biologia da Universidade de Aveiro, v. 2, p. 129-161.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura e Abastecimento. 1997. Plano de Manejo Parque Estadual de Itapuã/RS. Porto Alegre. 158p.

ROUND, F. 1983. Biologia das Algas. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Dois. 263p.

SCHERER, A.; MARASCHIN-SILVA, F.; BAPTISTA, L.R. de M. 2005. Florística e estrutura do componente arbóreo de matas de Restinga arenosa no Parque Estadual de Itapuã, RS, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 19, n. 4, p. 717-726.

SHI, Z.; WANG, Q.; XIE, S.D.J. 1999. Euglenophyta. [s.l.p]: Science Press. 414p., il. (Flora Algarum Sinicarum Aquae Dulcis, 6).

STARMACH, K. 1983. Euglenophyta-Eugleniny. Warszava: Polska Academi Nauk. 593p., il. (Flora Slodkodna Polski, 3). TELL, G.; CONFORTI, V.T.D. 1986. Euglenophyta pigmentadas de la Argentina. Berlin: J. Cramer. 301p. (Bibliotheca Phycologica, 75).

TELL, G.; ZALOCAR, Y.D. 1985. Euglenophyta pigmentadas de la provincia del Chaco (Argentina). Nova Hedwigia, v. 41, p. 353-391.

TORGAN, L.C.; BECKER, V. 1997. Eunotia densistriata sp. nov.: a subaerial diatoms from Southern Brazil. Diatom Research, v. 12, n. 1, p. 115-124.

______. 1998. Eunotia itapuana, nom nov. Diatom Research, v. 13, n. 1, p. 187.

TORGAN, L.C.; PAULA, M.C.F. de; DELANI, O.M. 1993. Diatomáceas (Bacillariophyceae) perifíticas em Sphagnum recurvum P. Beauv., no Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil: Taxonomia e aspectos ecológicos. Caderno de Pesquisa. Série Botânica, v. 5, n.1, p. 109-42.

ZAKRÝS, B. 1986. Contribution to the monograph of Polish members of the genus Euglena Ehr. Nova Hedwigia, v. 42, n. 2-4, p. 491-540.

WEIK, K.L. 1967. A revision of the genus Phacus Dujardin. 237f. Tese (Doutorado em Botânica) – Southern Illionois University, Illionois. Cópia xerográfica por: UMI Dissertation Information Service, 1987.

WOLOWSKI, K. 1998. Taxonomic and environmental studies on euglenophytes of the Kraków-Czestochowa Upland (Southern Poland). Fragmenta Floristica et Geobotanica, v. 6, p. 3-192.

Downloads

Publicado

2008-12-17

Como Citar

Alves-da-Silva, S. M., Juliano, V. B., & Ferraz, G. C. (2008). Euglenophyceae pigmentadas em lagoa ácida rasa, Parque Estadual de Itapuã, sul do Brasil. Iheringia, Série Botânica., 63(1), 15–36. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/157

Edição

Seção

Artigos