Epífitas vasculares em duas formações ribeirinhas adjacentes na bacia do rio Iguaçu – Terceiro Planalto Paranaense

Autores

  • Rodrigo de Andrade Kersten
  • Yoshiko Saito Kuniyoshi
  • Carlos Vellozo Roderjan

Palavras-chave:

floresta com Araucária, epífitas, distribuição espacial, abundância.

Resumo

O levantamento das epífitas vasculares foi realizado em áreas do entorno do rio São Jerônimo (25º39’ S e 51º25 W), divisor dos municípios de Guarapuava e Pinhão, Paraná. O ambiente foi dividido em dois tipos florestais: planície aluvial e encosta, ambos com altitude variando entre 1.100 e 1.200 m s.n.m. Em cada formação foram amostrados 90 forófitos, divididos em três zonas. Em cada uma delas atribuiu-se notas à dominância das espécies epifíticas. No total, registrou-se 54 espécies sendo 15 pteridófitas, três magnoliides, 30 monocotiledôneas e 7 eudicotiledôneas. Outras 42 espécies foram observadas na planície e 30 na encosta, sendo que 18 delas são comuns às duas formações. Em ambas as florestas, Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota destacou-se como a mais importante, seguida por Campyloneurum austrobrasilianum (Alston) de la Sota, na planície e Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota, na encosta. Em um mesmo forófito, o número de espécies variou de zero a 19 na planície e
de zero a 11 na encosta, sendo a copa, em ambos os casos, a região com maior dominância.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BACKES, A. 1981. Composição florística de epífitos vasculares numa área localizada nos municípios de Montenegro e Triunfo, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, n. 28, p. 55-93.

BARBOSA, L.M. 1989. Estudos interdisciplinares do Instituto de Botânica em Moji-Guaçu, SP. In: BARBOSA, L.M. (Coord.). Simpósio sobre Mata Ciliar, São Paulo: Fundação Cargill. p. 171-191.

BENZING, D.H. 1990. Vascular epiphytes. Cambridge: Cambridge University Press.

BORGO, M.; SILVA, S.M.; PETEAN, M. 2002. Epífitos vasculares em um remanescente de floresta estacional semidecidual, município de Fênix, PR, Brasil. Acta Biológica Leopoldensia, n. 24, p. 121-130

BORGO, M.; SILVA, S.M. 2003. Epífitos vasculares em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, Curitiba, Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, n. 26, p. 391-401.

BRAUN-BLANQUET, J. 1979. Fitossociologia: bases para el estudio de las comunidades vegetales. Madrid: H. Blume. 820p.

BRITEZ, R.M.; SILVA, S.M.; SOUSA, W.S; MOTTA, J.T.W. 1995. Levantamento florístico em Floresta Ombrófila Mista, São Mateus do Sul, Paraná, Brasil. Arquivos de Biologia e Tecnologia, n. 38, p. 1147-1161.

CASTELA, P.R.; BRITEZ, R.M. 2004. A floresta com Araucária no estado do Paraná. Brasilia: Ministério do Meio Ambiente. 240p.

CERVI, A.C.; DOMBROWSKI, L.T.D. 1985. Bromeliaceae de um capão de floresta primária do Centro Politécnico de Curitiba (Paraná, Brasil). Fontqueria, n. 9, p. 9-11.

CERVI, A.C.; ACRA, L.A.; RODRIGUES, L.; TRAIN, S.; IVANCHECHEN, S.L.; MOREIRA, A.L.O.R. 1988. Contribuição ao conhecimento das epífitas (exclusive Bromeliaceae) de uma floresta de araucária do primeiro planalto paranaense. Ínsula, n. 18, p. 75-82.

CIRELLII, K.R.T.; PENTEADO-DIAS, A.M. 2003. Análise da riqueza da fauna de Braconidae (Hymenoptera, Ichneumonoidea) em remanescentes naturais da Área de Proteção Ambiental (APA) de Descalvado, SP. Rev. Bras. entomol., n. 47, p. 89-98.

CURCIO, G. 2006. Caracterização geomorfologica, pedológica e fitossociológica das planícies fluviais do Iguaçu, Paraná, Brasil. 488p. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

DISLICH, R.; MANTOVANI, W. 1998. A flora de epífitas vasculares da reserva da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira” (São Paulo, Brasil). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, n. 17, p. 1-83.

DITTRICH, V.A.O.; KOZERA C.; SILVA, S.M. 1999. Levantamento florístico dos epífitos vasculares do parque Barigüi. Paraná – Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, n. 52, p. 11-21.

FONTOURA, T.; SYLVESTRE, L.S.; VAZ, A.M.S.; VIEIRA, C.M. 1997. Epífitas vasculares, hemiepífitas e hemiparasitas da Reserva Ecológica de Macaé de Cima. In: LIMA, H.C.; GUEDESBRUNI, R.R. (Ed.). Serra de Macaé de Cima: diversidade florística e conservação da Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Ed. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p. 89-101.

FREIBERG, M.; GOTTSBERGER, G. 2001. Influence of climatic gradients on life form frequency of Cyclanthaceae in the reserve Naturelle des Nouragues, French Guiana. In: GOTTSBERGER, G.; LIEDE, S. (Ed.). Life forms and dynamics in tropical forest. Berlin: Borntraeger Verlagsbuchhndlung. p. 57-81.

GENTRY, A.H.; DODSON, C.H. 1987. Contribution of nontrees to species richness of a tropical rain forest. Biotropica, n. 19, p. 149-156.

GIONGO, C.; WAECHTER, J.L. 2004. Composição florística e estrutura comunitária de epífitos vasculares em uma floresta de galeria na Depressão Central do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Botânica, n. 27, p. 563-572.

GONÇALVES, C.N.; WAECHTER, J.L. 2002. Epífitos vasculares sobre espécimes de Ficus organensis isolados no norte da planície costeira do Rio Grande do Sul: Padrões de abundância e distribuição. Acta botanica Brasilica, n. 16, p. 429-441.

______. 2003. Aspectos florísticos e ecológicos de epífitos vasculares sobre figueiras isoladas no norte da planície costeira do rio grande do sul. Acta botanica Brasilica, n. 17, p. 89-100.

KLEIN, R.M. 1960. O aspecto dinâmico do Pinheiro Brasileiro. Sellowia, n. 12, p. 17-44.

KERSTEN, R.A. 2006. Epifitismo vasculas na bacia do alto Iguaçu, Paraná. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

KERSTEN, R.A.; KUNIYOSHI, Y.S. 2006. Epífitos vasculares na bacia do alto Iguaçu, Paraná – Composição florística. Estudos de Biologia, v. 28, p. 55-71.

KERSTEN, R.A.; SILVA, S.M. 2001. Composição florística e distribuição espacial de epífitasvasculares em floresta da planície litorânea da Ilha do Mel, Paraná. Revista Brasileira de Botânica, n. 24, p. 213-226.

______. 2002. Florística e estrutura do componente epifítico vascular em floresta ombrófila mista aluvial do rio Barigüi, Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, n. 25, p. 259-267.

______. 2005. Florística e estrutura de comunidades de epífitas vasculares da planície litorânea. In: MARQUES, M.C.M.; BRITEZ, R.M. (Org.). História natural e conservação da Ilha do Mel. Curitiba: Ed. da Univ. Federal do Paraná. p. 125-144.

______. 2006. Brasil. The floristic compositions of vascular epiphytes of a seasonally inundated forest on the coastal plain of Mel Island, Brazil. Revista de Biología Tropical, n. 54, p. 935-942.

LIMA, W.P.; ZAKIA, M.J.B. 2000. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO-FILHO, H.F. (Org.). Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: Edusp/Fapesp. p. 33-44.

MAACK, R. 1950. Mapa fitogeográfico do estado do Paraná. Curitiba: Serviço de Geografia e Petrografia do Institudo de Biologia e Pesquisa e Tecnológica da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio e Instituto Nacional do Pinho. Curitiba, 1 Mapa: 120 × 100 cm, 1: 750.000.

MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton University press. MAMEDE, M.C.H.; CORDEIRO, I.;

ROSSI, L. 2001. Flora vascular da Serra da Juréia, Município de Iguape, São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica, n. 15, p. 63-124.

NIEDER, J.; ENGWALD, S.; BARTHLOTT, W. 1999. Patterns of Neotropical Epiphyte Diversity, Selbyana, n. 20, p. 66-75.

PARKER, G.G. 1995. Structure and microclimate of forest canopies. In: LOWMAN, M.D.; NADKARNI, N.M (Ed.). Forest Canopies. San Diego: Academic Press, p. 73-106.

RODERJAN, C.V.F.; GALVÃO; Y.S.; KUNIYOSHI; G.G.; HATSCHBACH. 2002. As unidades fitogeográficas do Estado do Paraná. Ciência & Ambiente, n. 24, p. 75-92.

RODRIGUES, R.R.; SHEPHERD, G.J. 2000. Fatores condicionantes da vegetação ciliar. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO, H.F. (Ed.). Matas ciliares. São Paulo: Edusp. p. 101-107.

ROGALSKI, J.M.; ZANIN, E.M. 2003. Composição florística de epífitos vasculares no estreito de Augusto César, Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, RS, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, n. 26, p. 551-556.

SIMEPAR, Instituto de Tecnologia Sistema Meteorológico do Paraná. 2005. Disponível em: . Acesso em: jun. 2005.

SOUZA, A.M.; CARVALHO, D.; VIEIRA, F.A.; NASCIMENTO, A.M.; LIMA, D.C. 2007. Genética e estrutura espacial de populações naturais de Calophyllum brasiliense Camb. em mata de galeria. Cerne, n. 13, p. 239-247.

SMITH, A.R.; PRYER, K.M.; SCHUETTPELZ, E.; KORALL, P.; SCHNEIDER, H.; WOLF, P.G. 2008. Fern classification. In: RANKER, T.A. (Ed.). Biology and evolution of ferns and lycophytes. Cambridge University Press. Cambridge. p. 417-461.

STEVENS, P.F. 2008. Angiosperm phylogeny website. Disponível em: . Acesso em: mar. 2008.

TROPICOS. 2009. Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Disponível em . Acesso em Março de 2009.

VAN DEN BERG, E.; OLIVEIRA FILHO, A.T. 2000. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta ripária em Itutinga, MG, e comparação com outras áreas. Revista Brasileira de Botânica, n. 23, p. 231-253.

VELOSO, H.P.; RANGEL FILHO, A.L.; LIMA, J.C. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.

WAECHTER, J.L. 1986. Epífitos vasculares da mata paludosa do Faxinal, Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, n. 34, p. 39-49.

______. 1992. O epifitismo vascular na planície costeira do Rio Grande do Sul. Tese (Doutorado em Ecologia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

______. 1998. Epifitismo vascular em uma floresta de restinga do Brasil Subtropical. Revista Ciência e Natura, n. 20, p. 43-66.

WORLD CHECKLIST OF SELECTED PLANT FAMILIES. 2009. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. Disponível em: . Acessado em: mar. 2009.

ZULOAGA, F.O.; MORRONE, O.; BELTRANO, M.J. 2008. Catálogo de las plantas vasculares del Cono Sur. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, v. 107, p. 102-114.

Downloads

Publicado

2009-06-19

Como Citar

Kersten, R. de A., Kuniyoshi, Y. S., & Roderjan, C. V. (2009). Epífitas vasculares em duas formações ribeirinhas adjacentes na bacia do rio Iguaçu – Terceiro Planalto Paranaense. Iheringia, Série Botânica., 64(1), 33–43. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/132

Edição

Seção

Artigos