Diadesmis confervacea (Diadesmiaceae-Bacillariophyta): morfologia externa, distribuição e aspectos ecológicos

Autores

  • Lezilda Carvalho Torgan
  • Cristiane Bahi dos Santos

Palavras-chave:

diatomácea, taxonomia, distribuição, Brasil

Resumo

Este trabalho apresenta informações sobre a morfologia externa, distribuição e ecologia de Diademis confervacea (Grunow) Kützing com base em material coletado em ambientes de água doce da Planície Costeira do Sul do Brasil. A espécie foi encontrada isoladamente e formando colônia, no plâncton e metafiton em lagoas, banhado e açude, freqüente em águas levemente ácidas (pH 6,2-6,6) com alta condutividade (>110 μS.cm-1) e temperatura entre 14 e 24ºC. A densidade de estrias observadas foram similares às dos indivíduos encontrados em alguns ambientes lóticos do Brasil e do sul da África. A ultraestrutura das valvas foi semelhante à dos espécimens em cultivo nos Estados Unidos diferindo somente pela ausência de grânulos no manto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

APONTE, G.A.; MAIDANA, N.I.; LANGE-BERTALOT, H. 2005. On the taxonomic identity of Diadesmis confervacioides Lange-Bert. et U. Rumrich (Bacillariophyceae). Cryptogamie Algologie, v. 26, n.4, p. 337-342.

BIGUNAS, P.I. 2005. Diatomáceas (Ochrophyta) do Rio Guaraguaçu, Litoral do Paraná, Brasil. 494f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

BRASSAC, N.M. 1999. Diatomoflórula dos rios da área de influência da usina hidrelétrica de Salto Caxias, Bacia do Rio Iguaçu, Paraná. 368f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

CATALOGUE OF LIFE. 2006. Annual Checklist – indexing the world´s species. Disponível em: <http://www.catalogueoflife. org/search.php> Acesso em: 22 jan. 2007.

CALLEGARO, V.L.; DA SILVA, K.R.L.M. & SALOMONI, S.E. 1993. Flórula diatomológica de ambientes lênticos e lóticos do Parque Florestal Estadual do Turvo, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica, n. 43, p. 89-136.

CHOLNOCKY, B. J. 1958. Beiträge zur Kenntnis der südafrikanischen Diatomeenflora. II. Einige Gewässer im Waterberg-Gebiet, Transvaal. Portugalie Acta Biológica, v. 6, p. 99-153.

COSTA, J.C.F. 1995. Diatomáceas (Bacillariophyceae) da Reserva Biológica de Poço das Antas, município de Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil. Iheringia. Série Botânica, n. 46, p. 1-160.

COSTE, M. 1975. Sur la prolifération dans la Seine d’une diatomée benthique tropicale: Navicula confervacea (Kützing) Grunow . Annales de Limnologie, v. 11, p. 111-123.

COSTE, M.; ECTOR, L. 2000. Diatomeés invasives exotiques ou rares en France: principales observations effectuées au cours des denières décennies. Systematics and Geography of Plants, v. 70, n. 2, p. 373-400.

FERRARI, F. 2004. Diatomoflórula (Bacillariophyta) dos rios Ívaí, São João e Patos. Bacia hidrográfica do rio Ívaí (alto curso), Prudentópolis, PR. 288f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

FLÔRES, T.L. 1997. Inventário florístico das diatomáceas (Bacillariophyta) do Banhado do Taim, Rio Grande do Sul, Brasil. 390f. Dissertação (Mestrado em Botânica)- Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

HUSTEDT, F. 1962. Die Kieselalgen. Leipzig: Akademische Verlagsgesellschaft. v. 7, pt. 2, p. 161-348. (L. Rabenhorst´s Kryptogamen-flora von Deutschland Österreichs und der Schweiz).

KRAMMER, K; LANGE-BERTALOT, H. 1986. Bacillariophyceae: Naviculaceae. In: ETTL, H. et al. (Ed.). Süsswasserflora von Mitteleuropa. Stuttgart:Gustav Fischer. v.2. pt.1. 876p.

KUSBER, W. H.; JAHN, R. 2003. Annotated list of diatom names by Horst Lange-Bertalot and co-workers. Version 3.0. Disponível em: <http://www.algaterra.org/Names_Version3_0. pdf >. Acesso em: 21 jun. 2003.

LE COHU, R. 1985. Ultrastructure des Diatomées de Nouvelle- Calédonie. Première partie. Annales de Limnologie, v. 21, n. 1, p. 3-12.

LOBO, E.A.; TATSCH, D.B.; SCHÜLER, S.; NEVES, M.T.M.B. 1994. Limnologia de áreas inundáveis da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil, onde ocorrem espécies de anatídeos com valor cinergético (1). Caderno de Pesquisa. Série Botânica, v. 6, n. 1, p. 25-73.

LOBO, E.A.; CALLEGARO, V.L.M.; OLIVEIRA, M.A.O.; SALOMONI, S. E.; SCHULER, S.; ASAI, K. 1996. Pollution Tolerant Diatoms from Lotic Systems the Jacuí Basin, Rio Grande do Sul, Brazil. Iheringia. Série Botânica, n. 47, p. 45-72.

METZELTIN, D.; LANGE-BERTALOT, H. 1998. Tropical diatoms of the South America I. Rugell: A.R.G. 695p. (Iconografia Diatomologica, 5).

MOSER, G.H.; LANGE-BERTALOT, H.; METZELTIN, D. 1988. Insel de Endemiten

OKUNO, H. 1974. Freshwater diatoms. In: HELMCKE J.G., KRIEGER, W.; GERLOFF, J. (Ed). Diatomeenschalen im elektronenmikroskopischen Bild. Vaduz: J. Crammer. pt.9, p. 1-45, est. 825-923.

MOSER, G.; LANGE-BERTALOT, H.; METZELTIN, D. 1998. .Insel der Endemiten. Geobotanishes Phänomen Neukaledonien. Berlin: J. Cramer. 464p. (Bibliotheca Diatomologica, 38)

PATRICK, R. ; REIMER, C.W. 1966. The diatoms of United States: exclusive of Alaska and Hawaii. Philadelphia: Academy of Natural Sciences. v.1, 688p.

ROUND, F.E.; CRAWFORD, R.M.; MANN, D.G. 1990. The Diatoms: Biology & morphology of the genera. Cambridge: Cambridge University Press. 747p.

ROSOWSKI, J. R. 1980. Valve and band morphology of some freshwater diatoms. II. Integration of valves and bands in Navicula confervacea var. confervacea. Journal of Phycology, v. 6, n. 1, p. 88-101.

RUMRICH, U.; LANGE-BERTALOT, H.; RUMRICH, M. 2000. Diatomeen der Anden von Venezuelen bis Patagonien/ Feuerland. Ruggell:A.R.G. Gantner Verlag 672p. (Iconographia Diatomologica, 9).

SALA, S.E., DUQUE, S.R., NUÑEZ-AVELLANEDA, M.; LAMARO, A.A. 2002. Diatoms from the Colombian Amazônia. Cryptogamie Algologie, v. 23, n.1, p.75-99.

SALOMONI, S.E.; ROCHA, O.; CALLEGARO, V.L.M.; LOBO, E.A. 2006. Diatomáceas epilíticas como indicadoras no rio Gravataí, Rio Grande do Sul, Brasil. Hydrobiologia, v. 559, n. 1, p. 233-246.

SCHOEMAN, F.R.; ARCHIBALD, R.E.M. 1980. The diatom flora of southern Africa. Pretoria: Council for Scientific and Industrial Research (Csir Special Report, 6).

TAVARES, B. 2001. Levantamento florístico das naviculales ( Bacillariophyceae) de águas continentais do estado de São Paulo. 203f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.

TORGAN, L.C. 1989. Floração de algas: composição, causas e conseqüências. Insula, v. 19, p. 15-34.

VAN HEURCK, H. 1880-1881. Synopsis des Diatomées de Bélgica. Atlas. Anvers:Édité par L’Auteur. 135 est..

VANLANDINGHAM, S.L. 1969. Catalogue of the Fossil and Recent Genera and Species of Diatoms and their Synonyms. Lehre: J. Cramer. pt. 3.

Downloads

Publicado

2008-06-19

Como Citar

Torgan, L. C., & Santos, C. B. dos. (2008). Diadesmis confervacea (Diadesmiaceae-Bacillariophyta): morfologia externa, distribuição e aspectos ecológicos. Iheringia, Série Botânica., 63(1), 171–176. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/166

Edição

Seção

Artigos