Estrutura do componente arbóreo de uma floresta ribeirinha da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Lúcia Patrícia Pereira Dorneles
  • Vanice dos Santos Gutierres
  • Ângela Bianchin
  • Franko Telöken

Palavras-chave:

composição fl orística, fi tossociologia, diversidade.

Resumo

Foram avaliadas a composição fl orística e a estrutura fi tossociológica da fl oresta ribeirinha do arroio Bolaxa, localizada no município de Rio Grande, sul do Brasil. Nós amostramos 60 pontos distribuídos ao longo de uma transecção paralela ao arroio. O levantamento fl orístico registrou a ocorrência de 31 espécies arbóreas, destas, 26 foram incluídas no levantamento fi tossociológico. A densidade total estimada foi de 1.794 ind.ha-1, e as espécies mais importantes foram Allophylus edulis (A. St. Hil., Cambess. & A. Jus.) Radlk, Erythrina crista-galli L., Ficus cestrifolia Schott e Guapira opposita (Vell.) Reitz. As alturas variaram de 3 a 12 metros. A diversidade estimada pelo índice de Shannon foi de 2,58 (nats.ind.-1) e a equabilidade de Pielou 0,791. Os resultados deste trabalho subsidiarão os planos de manejo e conservação destas fl orestas na Área de Preservação Ambiental da Lagoa Verde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ab’Saber, A.N. 2000. O suporte geoecológico das florestas beiradeiras (ciliares). In Matas Ciliares: conservação e recuperação (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão Filho, eds.). Editora da Universidade de São Paulo/Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, São Paulo, p. 249-269.

Alves, L.F. & Metzger, J.P. 2006. A regeneração fl orestal em áreas de fl oresta secundária na Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, 6(2):1-26.

Angiosperm Phylogeny Group (APGIII). 2009. An update of the angiosperm phylogeny group classifi cation for the orders and families of fl owering plant: APGIII. Botanical Journal of the Linnean Society, 161:105-121.

Araujo, D.S.D. & Henriques, RP.B. 1984. Análise fl orística das restingas do Estado do Rio de Janeiro. In Anais do Simpósio sobre Restingas Brasileiras, Restingas: origem, estrutura, processos (L. D. Lacerda, D.S.D. Araujo, R. Cerqueira & B. Turcq orgs.). Centro de Estudos da Universidade Federal Fluminense, Niterói, p. 159-193.

Araujo, D.S.D., Scarano, F.R., Sá, C.F.C., Kurtz, B.C., Zaluar, H.L.T., Montezuma, R.C.M., Oliveira, R.C. 1998. Comunidades vegetais do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. In Ecologia das Lagoas

Costeiras do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e do Município de Macaé, Rio de Janeiro: p.39-62.

Backes, P. & Irgang, B. 2002. Árvores do Sul. Guia de identifi cação e interesse ecológico. Clube da Árvore. Instituto Souza Cruz. 326 p.

Baptista, L.R.M. & Longhi-Wagner, H.M. 1998. Lista preliminar de espécies ameaçadas da fl ora do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: SBB- Seção Regional do Rio Grande do Sul. 16 p.

Budke, J.C., Giehl, E.L.H., Athayde, E.A., Eisinger, S.M., Záchia, R.A. 2004. Florística e fi tossociologia do componente arbóreo de uma fl oresta ribeirinha, arroio Passos das Tropas, Santa Maria, RS, Brasil. Acta Botanica Brasílica, 18(3): 581-589.

Budke, J.C.; Jarenkow, J.A.; Oliveira-Filho, A.T. 2007. Relationships between tree component structure, topography and soils of a riverside forest, Rio Botucaraí, Southern Brazil. Plant Ecology, v.189, p.187-200.

Carauta, J.P.P. & Diaz, B.E. 2002. Figueiras do Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 208 p.

Chao, A. 2005. Species richness estimation. In Encyclopedia of statistical sciences (N. Balakrishanan; C.B. Read; B. Vidakovic, B., eds). Wiley, New York. 23p

Colwell, R.K. & Coddington, J.A. 1994. Estimating terrestrial biodiversity through extrapolation. Philosophical Transactions of the Royal Society

London B, 345:101-108.

Cottam, G. & Curtis, J.T. 1956. The use of distance measures in phytosociological sampling. Ecology 37(3): 451-460.

Daniel, A. 1991. Estudo fi tossociológico arbóreo/arbustivo da mata ripária da bacia hidrográfi ca do Rio do Sinos, RS. Pesquisas, Série Botânica, 42: 07-199.

Dillenburg, L.R., Waechter, J.L. & Porto, M.L. 1992. Species composition and structure of a sandy coastal plain forest in northern Rio Grande do Sul, Brazil. In Coastal plant communities of Latin América (U. Seeliger, ed.). Academic, New York, p. 349-366.

Dorneles, L.P.P. & Waechter, J.L. 2004a. Estrutura do componente arbóreo da fl oresta arenosa de restinga do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Rio Grande do Sul. Hoehnea, 3:61-71.

Dorneles, L.P.P. & Waechter, J.L. 2004b Fitossociologia do componente arbóreo na fl oresta turfosa do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 18(4):815-824.

Felfi li, J.M.; Mendonça, R.C.; Walter, B.M.T.; Silva Júnior, M.C.; Nóbrega, M.G.G.; Fagg, C.W.; Sevilha, A.C. & Silva, M.A. 2001. Flora Fanerogâmica das Matas de Galeria e Ciliares do Brasil Central. In Cerrado: caracterização e recuperação de Matas de Galeria (J.F.

Ribeiro; C.E.L. Fonseca & J.C. Souza-Silva, Eds.). EMBRAPA/Cerrados, Planaltina, p.195-263.

Franco, J.G.O. 2006. Direito Ambiental Matas Ciliares. Editora Juruá,. Curitiba. 192 p.

Giehl, E.L.H. & Jarenkow, J.A. 2008. Gradiente estrutural no componente arbóreo e relação com inundações em fl oresta ribeirinha, rio Uruguai, sul do Brasil. Acta Botanica Brasílica, 22(3): 741-753.

Gotelli, N.J. & Colwell, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in the measurement and comparision of species richness. Ecology Letters, 4(4): 379-391.

Holdridge, L.R.; Grenke, W.C.; Hatheway, W.H.; Liang, T. & Tosi Jr., J.A. 1971. Forest environment in tropical life zones: a pilot study. Pergamon, Oxford. 647p.

Kersten, R.A. & Galvão, F. 2011. Sufi ciência amostral em inventários fl orísticos e fi tossociológicos. In Fitossociologia no Brasil – Métodos de Estudo de Casos (J.M.Felfi li et al., org.).Universidade Federal de

Viçosa, Viçosa, p. 156-173.

Klein, RM. 1983. Importância sociológica das mirtáceas nas fl orestas rio-grandenses. In Anais do XXXIV Congresso Nacional de Botânica (Sociedade Botânica do Brasil, org.). Porto Alegre, p. 367-375.

Lee, S.M. & Chao, A. 1994. Estimating population size via sample coverage for closed capture-recapture models. Biometrics, (50): 88-97.

Lindenmaier. D.S. & Budke, J.C. 2006. Florística, diversidade e distribuição espacial das espécies arbóreas em uma fl oresta estacional na Bacia do Rio Jacuí, Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, 57: 193-216.

Longhi, S.J., Durlo, M.A., Marchiori, J.N.C. 1982. A vegetação da mata ribeirinha do curso médio do Rio Jacuí, RS. Ciência e Natura, 4:151-161.

Longhi, S.J., Capra, A., Minello, A.L. 2001. Estudo fi tossociológico de um trecho de mata ciliar do rio Vacacai-Mirim em Santa Maria-RS. In Congresso Florestal Estadual do Rio Grande do Sul, 8, Prefeitura

Municipal, Nova Prata, p. 516-524.

Magurran, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton University, Princeton.179 p.

Marchi, De T.C. & Jarenkow, J.A. 2008. Estrutura do componente arbóreo de mata ribeirinha no rio camaquã, município de Cristal, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica, 63(2): 241-248.

Martins, S.V. 2001. Recuperação de Matas Ciliares. Aprenda Fácil. Ed. Viçosa, Viçosa. 143 p.

Metzger, J.P., Bernacci, L.C., Goldenberg, R. 1997. Pattern of tree species diversity in riparian forest fragments of different widths (SE Brazil.). Plant Ecology (133):135– 152.

Metzger, J.P.; Goldenberg, R.; Bernacci, L.C. 1998. Diversidade e estrutura de mata de várzea e de mata mesófi la semidecídua submontana do Rio Jacaré-Pepira (SP). Revista Brasileira de Botânica, 21(3): 321-330.

Moraes, D. & Mondin, C.A. 2001. Florística e fitossociologia do estrato arbóreo em uma mata arenosa do balneário do Quintão, Palmares do Sul, Rio Grande do Sul. Pesquisas, Série Botânica (51): 87-100.

Mueller-Dombois, D. & Ellenberg, H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. John Wiley, New York. 547 p.

Mueller, C.C. 1998. Gestão de matas ciliares. In Gestão Ambiental no Brasil: experiência e sucesso (I.V. Lopes, org.). Editora Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, p.185-214.

Porto, M.L. & Dillenburg, L.R. 1986. Fisionomia e composição fl orística de uma mata de Restinga da Estação Ecológica do Taim, Brasil. Ciência e Cultura, 38(7): 1228-1236.

Rizzini, C.T. 1979. Tratado de fi togeografi a do Brasil: aspectos sociológicos e fl orísticos. Humanismo, Ciência e tecnologia & Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo. 374 p.

Rodrigues, R.R. 2000. Florestas ciliares? Uma discussão nomenclatural das formações ciliares. In Matas Ciliares: conservação e recuperação. (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão Filho,eds.). São Paulo, p. 91-99.

Rodrigues, R.R. & Leitão-Filho, H.F. 2001. Matas ciliares – conservação e recuperação. Fundação de Amparo de Pesquisa, São Paulo. 320 p.

Sá, C.F.C. 1993. Regeneração de um trecho de fl oresta de fl oresta de restinga na Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá, município de Saquarema, RJ. 168 f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Sampaio, A.B., Walter, B.M.T. & Felfi li, J.M. 2000. Diversidade e distribuição de espécies arbóreas em duas matas de galeria na microbacia do Riacho Fundo, Distrito Federal. Acta Botanica Brasilica, 14:197-214.

Sanchez, M.; Pedroni, F. & Leitão-Filho, H.F. & Cesar, O. 1999. Composição fl orística de um trecho de fl oresta ripária na Mata Atlântica em Picinguaba, Ubatuba, São Paulo. Revista Brasileira de Botânica, 22(1): 31-42.

Scherer, A., Maraschin-Silva, A., Baptista, L.R.M. 2005. Florística e estrutura do componente arbóreo de matas de restinga arenosa no Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasílica, 19(4):717-726.

Seeliger, U.; Odebrecht, C. & Castello, J. P. 1998. Os ecossistemas costeiros e marinho do extremo sul do Brasil. Ecoscientia, Rio Grande. 341 p.

Silva Junior, M.C. 2001. Comparação entre matas de galeria no Distrito Federal e a efetividade do Código Florestal na proteção de sua diversidade arbórea. Acta Botânica Basílica, 15(1):139-146.

Sobral, M. 2003. A família Myrtaceae no Rio Grande do Sul. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo. 215 p.

Sobral, M.; Jarenkow, J.A.; Brack, P.; Irgang, B.; Larocca, J.; Rodrigues, R.S. 2006. Flora arbórea e arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Ribeiro Martins , São Carlos. 350 p.

Souza, V.C. & Lorenzi, H. 2005. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identifi cação das famílias de Angiospermas da fl ora brasileira, baseado em APG II. Instituto Plantarum, Nova Odessa, São Paulo. 640 p.

Sugiyama, M. & Soares, J.J. 2000. Estrutura de fl oresta baixa de restinga, na Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. In V Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira: Conservação. Vitória, v.3, p.113-117.

Sztutman, M. & Rodrigues, R.R. 2002. O mosaico vegetacional numa área de fl oresta contínua da planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera – Açu, São Paulo. Revista Brasileira de Botânica, 25(2): 61-176.

Vieira, E. F., Rangel, S. S. 1988. Planície costeira do Rio Grande do Sul: geografi a física, vegetação e dinâmica sócio-demográfi ca. Sagra, Porto Alegre. 256p.

Waechter, J.L. 1990. Comunidades vegetais das restingas do Rio Grande do Sul. In Simpósio sobre Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira (S. Watanabe, coord.), Águas de Lindóia, v. 3, p.228-248.

Waechter, J. L. & Jarenkow, J.A. 1998. Composição e estrutura do componente arbóreo nas matas turfosas do Taim, Rio Grande do Sul. Biotemas, 11(1): 45-69.

Waechter, J.L.; Müller, S.C.; Breier, T.B.; Venturi, S. 2000. Estrutura do componente arbóreo em uma fl oresta subtropical de planície costeira interna. In Simpósio de Ecossistemas Brasileiros: Conservação (S. Watanabe, coord.), Vitória, v. 3, p. 92-112.

Downloads

Publicado

2013-06-10

Como Citar

Dorneles, L. P. P., Gutierres, V. dos S., Bianchin, Ângela, & Telöken, F. (2013). Estrutura do componente arbóreo de uma floresta ribeirinha da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica., 68(1), 37–46. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/37

Edição

Seção

Artigos