Criopreservação de sementes da orquídea brasileira em extinção <i>Cattleya granulosa</i> Lindl.

Autores

  • Ana Beatryz Prenzier Suzuki Universidade Estadual de Londrina
  • Douglas Junior Bertoncelli Universidade Estadual de Londrina
  • Guilherme Augusto Cito Alves Universidade Estadual de Londrina
  • Ricardo Tadeu de Faria Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.21826/2446-8231201873206

Palavras-chave:

Conservação, orchidaceae, vitrificação

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de crioprotetores na criopreservação de sementes de Cattleya granulosa Lindl. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com um controle e cinco tratamentos com 10 repetições. Os tratamentos foram: C– controle (sem solução crioprotetora); T1-glicerol; T2-sacarose; T3-glicerol+sacarose; T4- PVS2 (Plant vitrification solution) e T5-PVS2+1% de floroglucinol. As sementes foram imersas em nitrogênio líquido a -196 oC. Após 15 dias, foram retiradas do nitrogênio. Uma parte foi submetida ao teste de tetrazólio para avaliar a viabilidade do embrião e outra foi semeada em frascos de vidro contendo meio de cultura para germinação in vitro. A germinação das sementes foi avaliada após 60 dias por meio da formação de protocormos. Aos 180 dias, foi avaliada a altura das plântulas e massa seca. As sementes conservadas em PVS2 e PVS2 + floroglucinol foram as que apresentaram maior viabilidade após a criopreservação, com 59% e 60% respectivamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Beatryz Prenzier Suzuki, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista &quot;Júlio de Mesquita Filho&quot; - UNESP. Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Possui Mestrado em Energia na Agricultura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. Atualmente doutoranda do Programa de pós-graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina - UEL. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em criopreservação e bioenergia atuando principalmente nos seguintes temas:cultivo in vitro, cultura de tecido, bioenergia, biogás, biodigestores, biomassa e manipueira.

Douglas Junior Bertoncelli, Universidade Estadual de Londrina

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Pato Branco, Mestre em agronomia (Produção Vegetal) do Programa de pós graduação em Agronomia (PPGAG) pela mesma Instituição. Doutorando do Programa de pós graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Bolsista Capes.

Guilherme Augusto Cito Alves, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2013). Mestrado em Agronomia com ênfase em Fitotecnia - Universidade Estadual de Londrina (2016). Atualmente pós-graduando (Doutorado) em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina.

Ricardo Tadeu de Faria, Universidade Estadual de Londrina

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia Manoel Carlos Gonçalves (1987), Mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (1992) e Doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Realizou o pos-doutorado na Universidade de La Laguna, Espanha (2003) e na University of Florida, Estados Unidos (2007-2008). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Londrina. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Floricultura, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura de tecidos, manejo, melhoramento genético, orquidea e flores tropicais. Orienta alunos de Iniciação Cientifica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, é s[ocio da Sociedade Brasileira de cultura de Tecidos de Plantas e da Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais.

Certificado pelo autor em 15/04/2016

Referências

Arruda, R.P. 2000. Avaliação dos efeitos de diluidores e crioprotetores para espermatozóide eqüino pelo uso de microscopia de epifluorescência, clitometria de fluxo análises computadorizadas da motilidade (CASA) e da morfologia (ASMA). Tese 85 f. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo.

Barros, F. Vinhos, F. Rodrigues, V.T. Barbacena, F.F.V.A. Fraga, C.N. Pessoa, E.M. Forster, W. Menini Neto, L. Furtado, S.G. Nardy, C. Azevedo, C.O. & Guimarães, L.R.S. 2015. Orchidaceae In Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http:floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/ FB11312. Acessado em 06.06.2016.

Benzing, D.H. 1981. Why is Orchidaceae so large, its seeds so small, and its seedlings mycotrophic? Selbyana 5(3):241-242.

Brasil. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, p. 307-324.

Carvalho, V.S. 2006. Criopreservação de sementes e pólen de orquídeas. Tese 82 f. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

Curry, M.R. 2000. Cryopreservation of sêmen from domestic live stock. Reviews of Reproduction 5:46-52.

Day, J.G. & Mclellan, M.R. 1995. Protein Phosphatase Protocols: Cryopreservacion and Freezing-Drying Protocols. Humana Press, New York, 208 p.

Drerssler, R.L. 1981. The Orchids - Natural history and classification. Harvard University Press Cambridge. 332p.

Dressler, R.L. 2005. How Many Orchids Species. Selbyana 26:155-158.

Ferrari, E.A.P. 2016. Criopreservação de sementes de orquídeas brasileiras. Tese 68 f. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.

Fuller, B. & Paynter, S. 2004. Fundamentals of cryobiology in reproductive medicine. Reproductive BioMedicine Online 9:680-869.

Galdiano Júnior, R.F., Lemos, E.G.M., Faria, R.T. & Vendrame, W.A. 2012. Cryopreservation of Dendrobium hybrid seeds and protocorms as affected by phloroglucinol and Supercool X1000. Scientia Horticulturae 148:154-160.

Galdiano Júnior, R.F. Lemos, E.G.M. Faria, R.T. & Vendrame, W.A. 2014. Seedling Development and Evaluation of Genetic Stability of Cryopreserved Dendrobium Hybrid Mature Seeds. Applied Biochemistry and Biotechnology 172:2521–2529.

Guthrie, H.D., Liu, J. & Critser, J.K. 2002. Osmotic tolerance limits and effects of cryoprotectants on motility of bovine spermatozoa. Biology of reproduction, 67(6):1811-1816.

Ishikawa, K. Harata, K. Mii, M. Sakai, A. Yoshimatsu, K. & Shimomura, K. 1997. Cryopreservation of zygotic embryos of a Japanese terrestrial orchid (Bletillastriata) by vitrification. Plant Cell Reports 16:754–757.

Judd, W.S. Stevens, P.F. Kellog, E.A. Donoghue, M.J. & Campbell, C.S. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, Porto Alegre. 632 p.

Lurswijidjarus, W. & Thammasiri, K. 2004. Cryopreservation of shoot tips of Dendrobium Walter Oumae by encapsulation/dehydration. Science Asia Journal 30:293–299.

Martinelli, G. & Moraes, M.A. 2013. Livro vermelho da flora do Brasil. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 1100 p.

Merritt, D.J. Hay, R.F. Swarts, N.D. Sommerville, K.D. & Dixon, K.W. 2014. Ex situ Conservation and Cryopreservation of Orchid Germplasm. International Journal of Plant Sciences 175(1):46-58.

Murashige, T. & Skoog, F. 1962. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Phisiology Plant, Copenhagem 15:473-479.

Nikishina, T.V. Popova, A,E.V. Vakhrameeva, M.G. Varlygina, T.I. Kolomeitseva, G.L. Burov, A.V. Popovich, E.A. Shirokov, A.I. Shumilov, V.Y.U. & Popov, A.S. 2007. Cryopreservation of seeds and protocorms of rare temperate orchids. Russian Journal of Plant Physiology 54:121–127.

Pegg, D.E. 2007. Cryopreservation and Freeze-Drying Protocols Methods. In Methods in Molecular Biology (J. D. Day & G. N. Stacey eds.). Humana Press, Totowa. p. 39-47.

Pritchard, H.W. 1984. Liquid nitrogen preservation of terrestrial and epiphytic orchid seed. Cryoletters 5:295–300.

Pritchard, H.W. Poynter, A.L.C. & Seaton, P.T. 1999. Interespecific variation in orchid seed longevity in relation to ultra-dry storage and cryopreservation. Lindleyana 14:92–101.

Popova, E.V. Nikishina, T.V. Kolomeitseva, G.L. & Popov, A.S. 2003. The effect of seed cryopreservation on the development of protocorms by the hybrid orchid Bratonia. Russian Journal Plant Physiology 50:672–677.

Reed, B.M. 2008. Cryopreservation – practical considerations. In Plant Cryopreservation: A Practical Guide (B.M. Reeds ed.). Springer, New York. p. 3–14.

Sakai, A. Kobayashi, S. & Oiyama, I. 1990. Cryopreservation of nuclear cells of navel orange (Citrus sinensis Osb. var. brasiliensis Tanaka) by vitrification. Plant Cell Report 9:30–33.

Sturion, D.J. Pinheiro, E.R. Pardo, E. & Tanaka, N.M. 1999. Usos e controvérsias do dimetilsulfóxido (DMSO): na utilização em animais. Cientifica, Ciências, Biologia e Saúde, 1(1):41-47.

Tsukazaki, H. Mii, M. Tokuhara, K. & Ishikawa, K. 2000. Cryopreservation of Doritaenopsis suspension culture by vitrification. Plant Cell Report 19:1160–1164.

Vajta, G. Kuwayama, M. & Vanderzwalmwn, P. 2007. Disadvantages and benefits of vitrification. In Vitrification in assisted reproduction a user‘s manual and troubleshooting guide (M. Tucker & J. Liebermann eds.). Informa Healthcare, London. p. 33-44.

Vendrame, W.A. Carvalho, V.S. & Dias, J.M.M. 2007. In vitro germination and seedling development of cryopreserved Dendrobium hybrid mature seeds. Scientia Horticulturae 114(3):188-193.

Vendrame, W.A. Carvalho, V.S. Dias, J.M.M. & Maguire, I. 2008. Pollination of Dendrobium hybrids using cryopreserved pollen. Scientia Horticulturae 43(1):264–267.

Vendrame, W.A & Faria, R.T. 2011. Phloroglucinol enhances recovery and survival of cryopreserved Dendrobium nobile protocorms. Scientia Horticulturae 128(2):131–135. Vendrame, W. Faria, R T. Sorace, M. & Sahyun, S.A. 2014. Review: Orchid Cryopreservation. Ciência e Agrotecnologia 38(3):213– 229.

Wang, J. H. Ge, J. G. Liu, F. Bian, H.W. & Huang, C.N. 1998. Cryopreservation of seeds and protocorms of Dendrobium candidum. Cryoletters 19:123–128.

Watson, P.F. 1995. Recent developments and concepts in the cryopreservation of spermatozoa and the assessment of their post thawing function. Reproduction, Fertility and Development 7:871891.

Yin, M. & Hong, S. 2009. Cryopreservation of Dendrobium candidum Wall. ex Lindl. protocorm-like bodies by encapsulation-vitrification. Plant Cell Tissue and Organ Culture 98(2):179–185.

Zar, J.H. 2014. Biostatistical Analysis. Pearson Education Limited, Edinburgh Gate, England. 751p.

Downloads

Publicado

2018-10-02

Como Citar

Suzuki, A. B. P., Bertoncelli, D. J., Alves, G. A. C., & de Faria, R. T. (2018). Criopreservação de sementes da orquídea brasileira em extinção <i>Cattleya granulosa</i> Lindl. Iheringia, Série Botânica., 73(2), 146–150. https://doi.org/10.21826/2446-8231201873206

Edição

Seção

Artigos