Micropropagação de Dyckia maritima Baker – Bromeliaceae

Autores

  • André Luís Lopes da Silva
  • Elci Terezinha Henz Franco
  • Eduardo Bortoluzzi Dornelles
  • João Pedro Arzivenko Gesing

Palavras-chave:

bromélias, cultura de tecidos, organogênese direta, propagação in vitro.

Resumo

Bromélias do gênero Dyckia são terrestres e ornamentais. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um protocolo para micropropagação de D. maritima. Sementes germinadas in vitro produziram plântulas que foram cultivadas em meio MS suplementado com combinações de BAP (6-Benzilaminopurina) e AIB (ácido indolbutírico). As plantas formaram protuberâncias na região basal após 60 dias, sendo subcultivadas nas mesmas concentrações anteriores de BAP contendo 0,5 μM de AIB, o que promoveu a indução de gemas laterais. As gemas laterais foram excisadas das plântulas doadoras e subcultivadas em meio MS suplementado com BAP ou KIN (6-furfurilaminopurina). Os melhores resultados para a multiplicação de gemas em resposta aos dois reguladores de crescimento foram obtidos na concentração de 2,0 μM. Os brotos foram enraizados em meio MS contendo 0,5 μM de AIB apresentando 33% de enraizamento após 60 dias. Os clones foram aclimatizados em substrato constituído de solo, areia e vermiculita (1:1:1), resultando em 90% de sobrevivência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES, G.M. 2000. Micropropagação e conservação de Vriesea reitzii e Vriesea friburgensis var. paludosa. 97f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Curso de Pós- Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

CARNEIRO, L.A.; ARAÚJO, R.F.G.; BRITO, G.J.M.; FONSECA, M.H.P.B.; COSTA, A.; CROCOMO, O.J.; MANSUR, E. 1999. In vitro regeneration from leaf explants of Neoregelia cruenta (R. Graham) L.B. Smith, an endemic bromeliad from eastern Brazil. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, n. 55, p. 79-83.

CRUZ, C. D. 2001. Programa Genes: versão Windows; aplicativo computacional em genética e estatística. Viçosa: UFV, Imprensa Universitária. 648p.

DAQUINTA, M.M.; ALMEIDA, A.; GUERRA, M.P. 1999. In vitro morphogenesis of immature flower and buds of flower stalk in Dyckia

distachya. Journal of Bromeliad Society, v. 49, n. 2, p. 72-76.

DROSTE, A.; DA SILVA, A.M.; MATOS, A.V.; DE ALMEIDA, J.W. 2005. In vitro culture of Vriesea gigantea and Vriesea philippocoburgii: Two vulnerable bromeliads native to southern Brazil. Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 48, n. 5, p. 717-722.

FISCHER, G.; ZIMMER, K. 1988. Regeneration of germinating seeds in vitro. Acta Horticulturae, v. 226, p. 615-618.

GRATTAPAGLIA, D.E.; MACHADO, M.A. 1999. Micropropagação. In: TORRES, A.C.; CALDAS, L.S.; BUSO, J.A. Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília: Embrapa-SPI/Embrapa-CNPH. p.183-260.

KOH, Y.C.; DAVIES, F.T.J. 1997. Micropropagation of Cryptanthus with leaf explants with attached intercalary meristems excised from greenhouse stock plants. Scientia Horticulture, v. 70, p. 301-307.

KOH, Y.C.; DAVIES, F.T.J. 2001. Mutagenesis and in vitro culture of Tillandsia fasciculata Swartz var. fasciculata (Bromeliaceae). Scientia Horticulturae, v. 87, p. 225-240.

MEKERS, O. 1977. In vitro propagation of some Tillandsioideae (Bromeliaceae). Acta Horticulturae, v. 78, p. 311-317.

MERCIER, H.; KERBAUY, G.B. 1992. In vitro multiplication of Vriesea fosteriana. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v. 30, p. 247-249.

MERCIER, H.; KERBAUY, G.B. 1993. Micropropagation of Dyckia macedoi – an endangered endemic brazilian bromeliad. Botanic Gardens Micropropagation News, v.1, n. 6, p.70-72.

MURASHIGE, T.; SKOOG, F. 1962. Revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, v.15, p. 473-497.

PEREIRA, F.D.; BRAGA, M.F.; SÁ, M.E.L.; ALCINO, O.A.G.;

COLENGHI, I.C. 2001. Influência de BAP e NAA na multiplicação

de abacaxi cv. Perolera a partir de brotos estiolados in vitro. BioScience Journal, v. 17, n. 2, p. 46-60.

PESCADOR, R.; KOLLER, O.C. 1992. Propagação “in vitro” do abacaxizeiro (Ananas comosus (L). Merril) cv. Pérola. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 14, n. 2, p. 1-4.

POMPELLI, M.F.; GUERRA, M.P. 2005. Micropropagation enables the mass propagation and conservation of Dyckia distachya Hassler. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v. 5, p. 117-124.

REITZ, R. 1983. Bromeliáceas e a malária-bromélia endêmica. Flora Ilustrada Catarinense, Itajaí, n. brom, p. 1-808.

SEMA. 2006. Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.sema.rs.gov.br/

Downloads

Publicado

2008-06-17

Como Citar

Silva, A. L. L. da, Franco, E. T. H., Dornelles, E. B., & Gesing, J. P. A. (2008). Micropropagação de Dyckia maritima Baker – Bromeliaceae. Iheringia, Série Botânica., 63(1), 135–138. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/162

Edição

Seção

Artigos