Morfologia polínica de espécies epífitas de Cactaceae Juss. do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Rodrigo Rodrigues Cancelli Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Ivan Cabral Menezes Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Paulo Alves Souza Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Palavras-chave:

Palinologia, tipos polínicos, palinotaxonomia.

Resumo

Neste trabalho é apresentado o estudo sobre a morfologia polínica de 11 espécies da família Cactaceae, com hábito epífi to, ocorrentes no Rio Grande do Sul, extremo sul do Brasil, com descrições, medidas, fotomicrografi as, bem como informações ecológicas e biogeográficas. Os grãos de pólen possuem tamanhos variáveis (médios, grandes e gigantes), com formas prolato-esferoidais a prolatos; aberturas 3-colpados (Lepismium cruciforme (Vell.) Miq. e Rhipsalis cereuscula Haw.) e 6-colpados (demais espécies); exina tectada, com diminutos grânulos e perfurações; colpos cobertos por fina membrana granulada em todas as espécies, exceto Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw.; ocorre heteromorfi smo nas aberturas de L. houlletianum (Lem.) Barthlott, L. warmingianum (K. Schum.) Barthlott e Rhipsalis campos-portoana Loefgr. Os resultados palinológicos indicam dois padrões morfológicos nos táxons estudados: o primeiro (I) é relacionado aos grãos de pólen com abertura 3-colpadas e o segundo (II) aos de abertura 6-colpados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Rodrigues Cancelli, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pós-Doutorado, Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia – Oceanografia Integrada e Usos Múltiplos da Plataforma Continental e Oceano Adjacente – Centro de Oceanografia Integrada INCT-Mar COI

Ivan Cabral Menezes, Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Paulo Alves Souza, Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, Programa de Pós-graduação em Geociências PPGeo

Referências

Barth, O.M. & Melhem, T.S. 1988. Glossário Ilustrado de Palinologia. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 77 p.

Barthlott, W. 1983. Biogeography and evolution in neo-and paleotropical Rhipsalinae (Cactaceae). Verhandlungen des Naturwissenschaftlichen Vereins in Hamburg 7:241-248.

Barthlott, W. & Hunt, D.R. 1993. Cactaceae. In The families and genera of vascular plants (K. Kubitzki, J.G. Rohwer & V. Bittrich, eds.). Springer Verlag, Berlin. p. 161-197.

Barthlott, W. & Taylor, N.P. 1995. Notes towards a monograph of Rhipsalideae (Cactaceae). Bradleya 13:43-79.

Bauer, D. & Waechter, J.L. 2006. Sinopse taxonômica de Cactaceae epifíticas no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20:225-239.

Bauermann, S.G., Radaeski, J.N., Evaldt, A.C.P., Queiroz, E.P. Mourelle, D., Prietro, A. & Silva, C.I. 2013. Pólen nas Angiospermas diversidade e evolução. Editora da Universidade Luterana do Brasil, Canoas. 216 p.

Brack, P., Bueno, R.M., Falkenberg, D.B., Paiva, M.R.C., Sobral, M. & Stehmann, J.R. 1985. Levantamento florístico do Parque Estadual do Turvo, Tenente Portela, Rio Grande do Sul, Brasil. Roessléria 7(1):69-94.

Carneiro, A.M., Farias-Singer, R., Ramos, R.A. & Nilson, A.D. 2016. Cactos do Rio Grande do Sul. Fundação Zoobotânica, Porto Alegre. 224 p.

Cuadrado, G.A. & Garralla, S.S. 2009. Palinología de los géneros de Cactaceae Maihuenia (Maihuenioideae) y Pereskia (Pereskioideae) de Argentina. Bonplandia 18(1):5-12.

Erdtman, G. 1952. Pollen morphology and plant taxonomy-Angiosperms. Almqvisit & Wiksell, Stockholm. 539 p.

Freitas, M.F. 1992. Cactaceae da Área de Proteção Ambiental da Massambaba, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 42/44:67-91.

Geraldino, H.C.L., Caxambú, M.C. & Souza, D.C. 2010. Composição florística e estrutura da comunidade de epífitas vasculares em uma área de ecótono em Campo Mourão, PR, Brasil. Acta Botanica Brasilica 24(2):469-482.

Giongo, C. & Waechter, J.L. 2004. Composição florística e estrutura comunitária de epífitos vasculares em uma floresta de galeria na Depressão Central do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Botânica 27(3):563-572.

Gonçalves, C.N. & Waechter, J.L. 2003. Aspectos florísticos e ecológicos de epífitos vasculares sobre figueiras isoladas no norte da planície costeira, RS. Acta Botanica Brasilica 17(1):1-17.

Kimnach, M. 1964. Epiphyllum phyllanthus. Cactus and Succulent Journal 36:105-115.

Lattar, E. & Cuadrado, G. 2010. Estudios palinologicos de espécies argentinas de los generos Cereus, Cleistocactus, Denmoza, Echinopsis y Monvillea (Cactaceae, Cactoideae). Boletín de la Sociedad Argentina de Botánica 45:93-107

Leuenberger, B.E. 1976. Die Pollenmorphologie der Cactaceae. Dissertationes Botanicae 31:1-321.

Loefgren, A. 1915. O gênero Rhipsalis. Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 1:61-104.

_____. 1917. Novas contribuições para o gênero Rhipsalis. Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 2:34-45.

Lombardi, J.A. 1991. O gênero Rhipsalis Gärtner (Cactaceae) no Estado de São Paulo I. Espécies com ramos cilíndricos ou subcilíndricos. Acta Botanica Brasilica 5(2):53-76.

_____. 1995. O gênero Rhipsalis Gärtner (Cactaceae) no Estado de São Paulo II. Espécies com ramos aplanados. Acta Botanica Brasilica 9(1):151-161.

Miesen, F., de Porras, M.E. & Maldonado, A. 2015. Pollen morphology of Cactaceae in Northern Chile. Gayana Botánica 72(2):258-271.

Nowicke, J.W. 1975. Pollen morphology in the order Centrospermae. Grana 15:51-77.

Nowicke, J.W. & Skvarla, J.J.1979. Pollen Morphology: the potential influence in higher order systematic. Annals of the Missouri Botanical Garden 66:633-700.

Punt, W., Blackmore, S., Nilsson, S., Thomas, A. 2007. Glossary of pollen and spore terminology. Review of Palaeobotany and Palynology 143:1-81.

Rambo, B. 1951. A imigração da selva higrófila no Rio Grande do Sul. Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues 3(3):55-91.

_____. 1954a. Análise histórica da flora de Porto Alegre. Sellowia 6:9-112.

_____. 1954b. História da flora do litoral riograndense. Sellowia 6:113-172.

_____. 1956a. Der Regenwald am oberen Uruguay. Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues 7:183-233.

_____. 1956b. A flora fanerogâmica dos Aparados riograndenses. Anais Botânicos do Herbário Barbosa Rodrigues 7:235-298.

_____. 1961. Migration routes of the South Brazilian rain forest. Pesquisas, série Botânica 5(12):1-54.

Ritter, F. 1979. Kakteen in Südamerika. v.1. Friedrich Ritter, Spangenberg. p. 19 - 240.

Rogalski, J.M. & Zanin, E.M. 2003. Composição florística de epífitos vasculares no estreito de Augusto César, Floresta Estacional Decidual do Alto Uruguai, RS, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 26(4):551-556.

Salgado-Labouriau, M.L. 1973. Contribuição à palinologia dos cerrados. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. 285p.

Santos, F.A.R. & Pin-Ferreira, A.B. 2001. Variabiliadade olínica de Opuntia Brasiliensis (Willd.) Haw. (Cactaceae). Sitientibus série Ciências Biológicas 1(2):95-98.

Santos, F.A.R., Watanabe, M & Alves, J.L.H. 1997. Pollen morphology of some Cactaceae of North-Eastern Brazil. Braleya 15:84-97.

Scheinvar, L. 1985. Cactáceas. In Flora Ilustrada Catarinense. Fascículo Cactáceas. Herbário Barbosa Rodrigues. Itajaí. p. 1-183.

Schlindwein, C. 1995. Melittophilous plants, their pollen and flower visiting bees in southern Brazil. 2. Cactaceae. Biociências 3(2):35-71.

Souza, P.A., Felix, C.M. & Cancelli, R.R. 2009. Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Boletín de la Asociación Latinoamericana de Paleobotánica y Palinología 13:163-176.

The International Plant Name Index. 2016. Disponível em <http://www.inpi.org.> Acessado em 30.06.2016.

Waechter, J.L. 1986. Epífitos vasculares da mata paludosa do Faxinal, Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica 34:39-49.

_____. 1998. Epifitismo vascular em uma floresta de restinga do Brasil subtropical. Ciência e Natura 20:29-42.

Downloads

Publicado

2017-09-29

Como Citar

Cancelli, R. R., Menezes, I. C., & Souza, P. A. (2017). Morfologia polínica de espécies epífitas de Cactaceae Juss. do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica., 72(2), 181–189. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/477

Edição

Seção

Artigos