Catálogo palinológico de táxons da família Asteraceae Martinov, no Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Rodrigo Rodrigues Cancelli
  • Andréia Cardoso Pacheco Evaldt
  • Soraia Girardi Bauermann
  • Paulo Alves de Souza
  • Sérgio Augusto de Loreto Bordignon
  • Nelson Ivo Matzenbacher

Palavras-chave:

Asteraceae, palinologia, morfologia polínica

Resumo

Asteraceae é a maior família dentre as Angiospermas em termos de número de espécies, com distribuição cosmopolita. Um total de 143 espécies (distribuídas em 59 gêneros) da família, provenientes de material coletado no Estado do Rio Grande do Sul, são palinologicamente descritas neste trabalho, incluindo as tribos Barnadesieae, Mutisieae, Cardueae, Lactuceae, Vernonieae, Plucheeae, Gnaphalieae, Astereae, Anthemideae, Senecioneae, Helenieae, Heliantheae e Eupatorieae, acompanhadas de ilustrações (fotomicrografi as e imagens de microscopia eletrônica de varredura), fornecendo recursos para a identifi cação de suas espécies em trabalhos de distinta abordagem. No geral, em termos de morfologia polínica, as tribos confi guram dois grandes grupos: grãos de pólen com aberturas do tipo 3-colporado a 3-porado, exina uniestratifi cada, ornamentação equinada a equinolofada (tribos Cardueae, Lactuceae, Vernonieae, Plucheeae, Gnaphalieae, Astereae, Anthemideae, Senecioneae, Helenieae, Heliantheae e Eupatorieae), e grãos de pólen com aberturas do tipo exclusivamente 3-colporado, exina biestratifi cada, ornamentação microequinada e não caveada (tribos Barnadesieae e Mutisieae). 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVÊDO-GONÇALVES, C.F. & MATZENBACHER, N.I. 2007. O gênero Hypochaeris L. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, n. 62, p. 55-87.

BARROSO, G.M.; O.L. BUENO. 2002. Plantas Compostas- Subtribo: Baccharidinae. Flora Ilustrada Catarinense. n. comp, p. 1-304.

BARROSO, G.M.; PEIXOTO, A.L.; COSTA, C.G.; ICHASO, C.L.F.; GUIMARÃES, E.F.; LIMA, H.C. 1984. Sistemática de Angiospermas do Brasil. Viçosa: Imprensa Universitária da Universidade Federal de

Viçosa. v. 2, 377p.

BARTH, O. M.; MELHEM, T.S. l988. Glossário Ilustrado de Palinologia. Campinas: Ed. da UNICAMP. 77p.

BREMER, K. 1994. Asteraceae: Cladistics and Classifi cation. Portland, Timber Press. 752p.

BOLICK, M. 1991. Pollen diameter, exine thickness, and ultrastructure type in the tribes of the Compositae. Compositae Newslett. v. 19, p. 17-21.

BURKART, A. 1974. Flora ilustrada de Entre Rios (Argentina). Buenos Aires: INTA, p.106-554. (Coleción Científi ca del INTA, t.6, pt.6).

CABRERA, A.L. 1963. Estudios sobre el género Hypochaeris. Boletin de La Sociedad Argentina de Botânica, v. 10, n. 3, p. 166-195.

CABRERA, L.A.; KLEIN, R.M. 1973. Plantas Compostas- Tribo: Mutiseae. Flora Ilustrada Catarinense, n. Comp, p. 1-124.

______. 1975. Plantas Compostas-Tribo: Senecioneae, n. comp, p. 1-98.

______. 1980. Plantas Compostas-Tribo: Vernonieae. n. comp, p. 1-186.

______. 1989. Plantas Compostas-Tribo: Eupatorieae. n. comp, p. 1-352.

CANCELLI, R.R.; MACEDO, R.B; GUERREIRO, C.T.; BAUERMANN, S.G. 2005. Diversidade Polínica em Asteraceae Martinov da Fazenda São Maximiniano, Guaíba, RS. Pesquisas, Série Botânica, n. 56, p. 209-228.

CANCELLI, R.R.; GUERREIRO, C.T.; BAUERMANN, S.G. 2006. Diversidade Polínica em Asteraceae Martinov da Fazenda São Maximiniano, Guaíba, RS. Parte II. Pesquisas, Série Botânica, n. 57, p. 137-152.

CANCELLI, R.R.; EVALDT, A.C.P.; BAUERMANN, S.G. 2007. Contribuição à morfologia polínica da família Asteraceae Martinov. no Rio Grande do Sul - Parte I. Pesquisas, Série Botânica, n. 58, p. 347-374.

CARNEIRO, A.M.; IRGANG, B.E. 2005. Origem e distribuição geográfi ca das espécies ruderais de Vila de Santo Amaro, General Câmara, Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica, v. 60, n. 2, p. 175-188.

CORRÊA, M.V.G.; LIMA, L.F.P.; BAUERMANN, S.G. 2008. Morfologia polínica das espécies brasileiras de Pterocaulon ELL. (asteraceae). Pesquisas, Série Botânica, n. 59, p. 263-276.

DALPIAZ, S.; RITTER, M.R. 1998. O gênero Pluchea Cass. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil: aspectos taxonômicos. Iheringia, Série Botânica, n. 50, p. 3-20.

ERDTMAN, G. 1952. Pollen morphology and plant taxonomy-ngiosperms. Stockholm: Almqvisit & Wiksell. 539p.

EVALDT, A.C.P.; BAUERMANN, S.G.; FUCHS, S.C.B.; DIESEL, S.; CANCELLI, R. R. 2009. Grãos de pólen e esporos do Vale do rio Caí, nordeste do rio Grande do Sul, Brasil: descrições morfológicas e implicações paleoecológicas. Gaea Journal of Geoscience, v. 5, n. 2,

p. 86-106.

FAEGRI, K., IVERSEN, J., 1975. Textbook of Pollen Analysis. 3ed. Copenhagen: editora. 295p.

GONÇALVES-ESTEVES, V.; ESTEVES, R.L. 1986. Contribuição ao estudo polínico da tribo Heliantheae (Compositae) IV. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Botânica, n. 74, p. 1-14.

______. 1988. Contribuição ao estudo polínico da tribo Heliantheae (Compositae) V. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Botânica, n. 77, p. 1-11.

______. 1989. Contribuição ao estudo polínico da tribo Heliantheae (Compositae) VI. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Botânica, n. 80, p. 1-11.

HEIDEN, G.; IGANCI, J.R.V.; MACIAS, L. 2009. Baccharis Sect. Caulopterae (Asteraceae, Astereae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Rodriguésia, v. 60, n. 4, p. 943-983.

KEELEY, S.C. & JONES, J.S.B. 1977. Taxonomic implications of external pollen morphology to Vernonia (Compositae) West Indies. American Journal Botany, v. 54, p. 576-584.

______. 1979. Distribution of Pollen Types in Vernonia (Vernonieae: Compositae). Systematic Botany, v. 4, n. 3, p. 195-202.

KINGHAM, D.L. 1976. A study of pollen morphology of tropical African and certain other Vernonieae (Compositae). Kew Bulletin, v. 31, p. 9-26.

LIMA, L.F.P. 2006. O gêreno Pterocaulon Ell. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul - Brasil: Aspectos Taxonômicos, Palinológicos e Fitoquímicos. 187f. Dissertação (Mestrado em Botânica)-Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

LORENZI, H. 2000. Plantas daninhas do Brasil. Terrestres, Aquáticas, Parasitas e tóxicas. 3. ed. Nova Odessa: Plantarum, 624 p.

MARCHANT, R.; ALMEIDA, L.; BEHLING, H.; BERRIO, J.C.; BUSH, M.; CLEEF, A.; DUIVENVOORDEN, J.; KAPPELLE, M.; OLIVEIRA, P.; OLIVEIRA FILHO, A.T.; LOZANO-GARÆIA, S.; HOOGHIEMSTRA, H.; LEDRU, M.P.; LUDLOWWIECHERS, B.; MARKGRAF, V.; MANCINI, V.;

PAEZ, M.; PRIETO, A.; RANGEL, O. & SALGADOLABOURIAU, M.L. 2002. Distribution and ecology of parent taxa of pollen lodged within the Latin American Pollen Database. Review of Palaeobotany and Palynology, v. 121, p. 1-75.

MARODIN, S.M.; RITTER, M.R. 1997. Estudo taxonômico do gênero Stenachaenium Benth. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica, v. 48, p. 59-84.

MATZENBACHER, N.I. 1996. Duas novas espécies e uma nova forma do gênero Senecio L. (Asteraceae-Senecioneae) no Rio Grande do Sul - Brasil. Comunicações do Museu Ciência Tecnologia UBEA/ PUCRS, v. 2, n.1, p.3-14.

______. 1998. O Complexo “Senecionoideae” (Asteraceae - Senecionae) no Rio Grande do Sul, Brasil. 274f. Tese de Doutorado em Botânica- Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do

Sul, Porto Alegre.

______. 2003. Diversidade fl orística dos Campos Sul-brasileiros. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 54., 2003, Belém. Resumos. Belém: 2003. p. 124-127.

MATZENBACHER, N.I.; MAFIOLETI, S.I. 1994a. Vernonia constricta (COMPOSITAE), nova espécie do Rio Grande do Sul, Brasil. Napaea, v. 10, p. 19-20.

______. 1994b. Estudo taxonômico do gênero Vernonia Schreb. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul - Brasil. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia PUC-RS, Série Botânica, v. 1, n. 1, p. 133.

MELHEM, T.S.; SILVESTRE, M.S.F.; MAKINO, H. 1979. Grãos de pólen de plantas alergógenas: Compositae. Hoehnea, v. 8, p. 73-100.

MELHEM, T.S.A.; CRUZ-BARROS, M.A.V.; CORRÊA, A.M.S.; MAKINO-WATANABE, H.; SILVESTRECAPELATO, M.S.F.; ESTEVES, V.L.G. 2003. Variabilidade polínica em plantas de Campos de Jordão (São Paulo, Brasil). Boletim do Instituto de Botânica, v. 16, p. 1-101.

MENDONÇA, C.B.F. & GONÇALVES-ESTEVES, V. 2000. Morfologia polínica de algumas espécies da tribo Vernonieae (Compositae Giseke) ocorrentes na restinga de Carapebus, Rio de Janeiro. Hoehnea, v. 27, p. 31-142.

MENDONÇA, C.B.F.; GONÇALVES-ESTEVES, V.; ESTEVES, R.L. 2002. Palinologia de espécies de Asteroideae (Compositae Giseke) ocorrentes na Restinga de Carapebus, Rio de Janeiro. Hoehnea, v. 29, n. 3, p. 233-240.

MENDONÇA, C.B.F.; ESTEVES, R.L.; GONÇALVESESTEVES, V. 2007. Palinotaxonomia de espécies de Lepidaploa (Cass.) Cass. (Vernoniinae-Compositae) ocorrentes no Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, p. 69-86.

MISSOURI BOTANICAL GARDEN. 2005. Disponível em: < http://mobot.org/. Acesso em 10 de set. 2009. MONDIN, C.A. 1996. A tribo Mutiseae Cass. (Asteraceae) sensu Cabrera, no Rio Grande do Sul e suas relações biogeográfi cas. 162f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

______. 2004. Levantamento da tribo Heliantheae Cass. (Asteraceae), sensu stricto, no Rio Grande do Sul, Brasil. 344f. Tese de Doutorado em Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do

Sul, Porto Alegre.

______. 2006. Riqueza genérica e dados biogeográficos das asteráceas brasileiras. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 57, 2006,

Gramado. Os avanços da Botânica no início do século XXI. Porto Alegre: 2006. p. 209-211.

MONDIN, C.A.; VASQUES, C.L. 2004. O Gênero Holocheillus Cass. (Asteraceae-Mutisieae-Nassauviinae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 59, n. 2, p. 161-172.

MOORE, P.D., WEBB, J.A.; COLLINSON, M.E. 1991. Pollen analysis. Cidade: Blackwell. 116p. (Blackwell scientifi c Publication).

MOREIRA, A.X.; LEITE, N.A.S.; ESTEVES, R.L.; ESTEVES, V.G.L. 1981. Estudo palinológico de espécies da tribo Mutisieae (Compositae) I. Boletim do Museu Nacional, n. 64, p. 1-32.

NELSON, G.L., 1994. Review of the taxonomy of Aster sensu lato (Asteraceae: Astereae), emphasizing the New World species. Phytologia, n. 77, p. 141-297.

PANERO, J. L.; FUNK, V. A., 2008. The value of sampling anomalous taxa in phylogenetic studies: Major clades of the Asteraceae revealed. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 47, p. 757-782.

PEÇANHA, A.F.; MENDONÇA, C.B.F.; GONÇALVESESTEVES, V.G.; ESTEVES, R.L. 2001. Palinotaxonomia de espécies de Piptocarpha (compositae, Vernonieae) do estado do Rio de Janeiro. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Botânica, n. 112, p. 1-14.

PRUSKI, J. F. 1984. Calea Britonia and Calea Kristiniae: two new compositae from Brazil. Brittonia, v. 36, n. 2, p. 98-103.

PRUSKI, J. F.; URBATSCH, L.E. 1988. Five new species of Calea (Compositae: Heliantheae) from Planaltine Brazil. Brittonia, v. 40, n. 4, p. 341-356.

PUNT, W.; BLACKMORE, S.; NILSSON, S.; THOMAS, A. 2007. Glossary of pollen and spore terminology. Review of Palaeobotanic and Palynology, v. 143, p. 1-81.

PUNT, W.; HOEN, P.P. 2009. The Northwest European Pollen Flora, 70: Asteraceae -Asteroideae. Review of Palaeobotanic and Palynology, v. 157, p. 22-183.

RITTER, M.R.; BAPTISTA, L.R.M. 2005. Levantamento florístico da família Asteraceae na Casa de Pedra, Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 60, n. 1, p. 5-10.

RITTER, M.R.; WAECHTER, J.L. 2004. Biogeografi a do gênero Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 18, n. 3, p. 643-652.

ROBINSON, H. 1990. Studies in the Lepidaploa Complex (Vernonieae: Asteraceae) VII - The new genus, Lepidaploa. Proceedings of the Biological Society of Washington, v. 103, p. 464-498.

______. 1994. Cololobus, Pseudopiptocarpha, and Trepadonia, 3 new genera from South-America (Vernonieae-Asteraceae). Proceedings of the Biological Society of Washington, v. 107, p. 557-568.

______. 1999. Generic and subtribal classifi cation of American Vernonieae. Washington, Smithsonian Contributions to Botany, v. 89, p. 1-116.

SALGADO-LABOURIAU, M.L. 1973. Contribuição à palinologia dos cerrados. Rio de Janeiro, Ed. da Academia Brasileira de Ciências. 285p.

______. 1983. Key to the Compo sitae pollen of the Northern Andes. Boletin da Sociedad Venezolana de Ciéncias Naturales, v. 141, p. 127-152.

SANTOS, J.U.M. 2001. O gênero Aspilia Thou. (Asteraceae-Heliantheae) no Brasil. Belém, Ed. do Museu Paranaense Emilio Goeldi. 303p.

SHERFF, E.E. 1937. The genus Bidens. Field Museum of Natural History. Botanical Series, v. 16, p. 1-721.

SKVARLA, J.J., DEVORE, M.L. & CHISSOE, W.F. 2005. Lophate sculpturing of Vernonieae (Compositae) pollen. Review of Palaeobotany and Palynology, v. 133, p. 51-68.

SMITH, E.G. 1990. Sampling and identifying allergenic pollens and molds. Texas, Blewstone Press, 196 p.

STIX, E. 1960. Pollenmorphologische untersuchungen na Compositen. Grana Palynologica, v. 2, p. 1-104.

THE INTERNATIONAL PLANT NAME INDEX. 2005. Disponível em: <http://www.inpi.org.> Acesso: mar. 2009.

TORRES, A.M. 1968. Revision of Jaergeria (Compositae- Heliantheae). Brittonia, v. 20, p. 52-73.

URTUBEY, E.; TELLERIA, M. C. 1998. Pollen morphology of thr subfamily Barnadesioideae (Asteraceae) and its phylogenetic and taxonomic signifi cance. Review Paleobotany and Palynology, v. 104, p. 19-37.

WOODHOUSE, R.P. 1928. The phylogenetic value of pollen grain characters. Annals of Botany, v. 42, p. 891- 934.

Downloads

Publicado

2010-11-28

Como Citar

Cancelli, R. R., Evaldt, A. C. P., Bauermann, S. G., Souza, P. A. de, Bordignon, S. A. de L., & Matzenbacher, N. I. (2010). Catálogo palinológico de táxons da família Asteraceae Martinov, no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica., 65(2), 201–280. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/75

Edição

Seção

Artigos