Apocynaceae sensu strictum no Parque Municipal de Mucugê, Bahia, Brasil, incluindo a publicação válida de dois nomes em Mandevilla Lindl

Autores

  • Maurício Takashi Coutinho Watanabe
  • Nádia Roque
  • Alessandro Rapini

Palavras-chave:

florística, Chapada Diamantina, campo rupestre.

Resumo

É apresentada a flora de Rauvolfioideae e Apocynoideae, que juntas compõem Apocynaceae s.s., no Parque Municipal de Mucugê, Chapada Diamantina, Estado da Bahia. Foram reconhecidas oito espécies distribuídas em cinco gêneros. Mandevilla Lindl. foi o gênero mais diverso, com quatro espécies: M. scabra (Hoffmans. ex Roem. & Schult.) K. Schum., M. tenuifolia (J.C. Mikan) Woodson, M. bahiensis (Woodson) M.F. Sales & Kinoshita-Gouvêa e M. microphylla (Stadelm.) M.F. Sales & Kinoshita-Gouvêa, sendo as duas últimas um status novo e uma nova combinação, respectivamente, cujos nomes estão sendo validamente publicados aqui. Os demais gêneros apresentaram somente uma espécie na região: Couma rigida Müll. Arg., Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson, Stipecoma peltigera (Stadelm.) Müll. Arg. e Temnadenia violacea (Vell.) Miers. São apresentados chave de identificação, descrições, comentários e ilustrações para todas as espécies.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAHIA. Secretaria do Planejamento. 2005. Anuário estatístico

da Bahia. Salvador. 20p.

BARBOSA, M.R.V. et al. (Org.). 2006. Checklist das plantas do Nordeste brasileiro: angiospermas e gymnospermas. Brasília, DF: Ministério de Ciências e Tecnologia. p. 30-31.

BRAGATTO-VASCONCELOS, M.; KINOSHITA-GOUVÊA, L.S. 1993. As Apocynaceae de Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 7, n. 1, p. 107-127.

CONCEIÇÃO, A.A.; PIRANI, J.R.; MEIRELLES, S.T. 2007. Floristic, structure and soil of insular vegetation in four quartzitesandstone outcrops of “Chapada Diamantina”, Northeast Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 4, p. 641-656.

ENDRESS, M.E.; BRUYNS, P.V. 2000. A revised classification of Apocynaceae s.l. Botanical Review, v. 66, n. 1, p. 1-56.

ENDRESS, M.E.; LIEDE-SCHUMANN, S.; MEVE, U. 2007. Advances in Apocynaceae: The enlightenment, an introduction. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 94, n. 2, p. 259-267.

FALLEN, M.E. 1986. Floral structure in the Apocynaceae: Morphological, functional, and evolutionary aspects. Botanische Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie, v. 106, p. 245-286.

GIULIETTI, A.M.; PIRANI, J.R.; HARLEY, R.M. 1997. Espinhaço Range Region. Eastern Brazil. In: DAVIS, S. D. et al. (Ed.). Centres of plant diversity: a guide and strategy for their conservation. Cambridge: WWF/IUCN. v. 3, p. 397-404.

GIULIETTI, A.M.; CONCEIÇÃO, A.A.; QUEIROZ, L.P. (Ed.). 2006. Diversidade e caracterização das fanerógamas do Semiárido brasileiro. Instituto do Milênio do Semi-árido. Recife: APNE. p. 47-52.

GOMES, S.M. 2008. Morfo-anatomia de frutos secos em espécies de Apocynaceae: significado ecológico e evolutivo. Acta Botanica Brasilica, v. 22, n. 2, p. 521-534.

GUEDES, M.L.S.; ORGE, M.D.R. (Ed.). 1998. Checklist das espécies vasculares do Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra da Chapadinha (Lençóis), Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Salvador: Universidade Federal da Bahia. 69p.

HARLEY, R.M. 1995. Introduction. In: STANNARD, B.L. (Ed.). Flora of the Pico das Almas – Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Kew: Royal Botanic Gardens. p. 43-78.

HARLEY, R.M.; GIULIETTI, A.M. 2004. Flores nativas da Chapada Diamantina. São Carlos: Rima. 404p.

HARLEY, R.M.; SIMMONS, N.A. 1986. Florula of Mucugê – Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Kew: Royal Botanic Gardens. 227p.

HOLMGREN, P.K.; HOLMGREN, N.H.; BARNETT, L. 1990. Index herbariorum, part 1: The herbaria of the world. New York: New York Botanical Garden. 693p.

KINOSHITA, L.S.; SIMÕES, A.O. 2005a. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Apocynaceae s. str. (Rauvolfioideae e Apocynoideae). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 23, n. 3, p. 235-256.

______. 2005b. Apocynaceae. Flora Fanerogâmica da Ilha do Cardoso. São Paulo: Instituto de Botânica. v. 11, p. 101-123.

KINOSHITA, L.S. et al. 2005. Apocynaceae. In: WANDERLEY, M.G.L. et al. (Ed.). Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: Rima. v. 3, p. 35-91.

KOCH, I.; KINOSHITA, L.S. 1999. As Apocynaceae s. str. da região de Bauru, São Paulo, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 13, n. 1, p. 61-86.

MCNEILL, J. et al. (Ed.). 2006. International Code of Botanical Nomenclature (Vienna Code). Regnum Vegetabile 146. A.R.G. Gantner Verlag KG.

MÜLLER-ARGOVENSIS, J.M. 1860. Apocynaceae. In: MARTIUS, C.P.P. (Ed.). Flora brasiliensis. Lipsiae: Frid. Fleisher. v. 6, pt.1.

OLIVEIRA, A.A.; PIRANI, J.R. 2003. Flora do Grão-Mogol, Minas Gerais: Apocynaceae s.l. (exceto Asclepiadoideae). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 21, n. 1, p. 73-82.

PLUMEL, M.M. 1991. Le genre Himatanthus (Apocynaceae). Révision taxonomique. Bradea, v. 5, p. 1-118. Suplemento.

RADFORD, A.E. et al. 1974. Vascular plant systematics. New York: Harper & Row. 891p.

RAPINI, A. 2000. Asclepiadaceae ou Asclepiadoideae (Apocynaceae)? Conceitos distintos de agrupamento taxonômico. Hoehnea, v. 27, n. 2, p. 121-130.

______. 2004. Apocynaceae (dogbane and milkweed family). In: SMITH, N. et al. (Ed.). Flowering plants of the Neotropics. Princeton: Princeton University Press. p. 23-26.

RODAL, M.J.N. et al. 2005. Mata do Toró: uma floresta estacional semidecidual de terras baixas do Nordeste do Brasil. Hoehnea, v. 32, n. 2, p. 283-294.

SALES, M.F. 1993. Estudos taxonômicos de Mandevilla Lindley subgênero Mandevilla (Apocynaceae) no Brasil. 413p. Tese (Doutorado em Botânica) – UNICAMP, Campinas.

______. 1995. Apocynaceae. In: STANNARD, B.L. (Ed.). Flora of the Pico das Almas – Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Kew: Royal Botanic Gardens. p. 128-135.

SIMÕES, A.O.; KINOSHITA, L.S. 2002. The Apocynaceae s. str. of the Carrancas region, Minas Gerais, Brazil. Darwiniana, v. 40, p. 127-169.

SPINA, A.P. 2004. Estudos taxonômico, micro-morfológico e filogenético do gênero Himatanthus Willd. ex Schult. (Apocynaceae: Rauvolfioideae – Plumerieae). 191p. Tese (Doutorado em Botânica) – UNICAMP, Campinas.

SPJUT, R.W. 1994. A systematic treatment of fruit types. Memoirs of The New York Botanical Garden, v. 70, p. 1-182.

STRADMANN, M.T.S. 1998. Plano de manejo do Parque Municipal de Mucugê. Mucugê: Prefeitura Municipal. 450p.

THOMAS, V. 1991. Structural, functional and phylogenetic aspects of the colleter. Annals of Botany, v. 68, p. 287-305.

WOODSON JR, R.E. 1933. Studies in the Apocynaceae IV. The American genera of Echitoideae. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 20, n. 4, p. 605-790.

______. 1936. Studies in the Apocynaceae IV. The American genera of Echitoideae. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 23, n. 2, p. 169-438.

______. 1938. Studies in the Apocynaceae VII. An evaluation of the genera Plumeria L. and Himatanthus Willd. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 25, n. 1, p. 189-224.

ZARUCCHI, J.L. et al. 1995. Apocynaceae. In: STEYERMARK, J.A.; BERRY, P.E.; HOLST, B. K. (Ed). Flora of the Venezuelan Guayana. Portland: Timber Press. v. 2, p. 471-571.

ZAPPI, D.C. et al. 2003. Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 21, n. 2, p. 345-398.

Downloads

Publicado

2010-06-19

Como Citar

Watanabe, M. T. C., Roque, N., & Rapini, A. (2010). Apocynaceae sensu strictum no Parque Municipal de Mucugê, Bahia, Brasil, incluindo a publicação válida de dois nomes em Mandevilla Lindl. Iheringia, Série Botânica., 64(1), 63–75. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/136

Edição

Seção

Artigos