Plântulas e sementes de macrófitas aquáticas de lagoas do Pantanal Sul-Mato-Grossense

Autores

  • Gabriel Tirintan de Lima Discente de Ciências Biológicas - Bacharelado, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Gisele Catian Universidade Federa de Mato Grosso do Sul
  • Gabriel Pesqueira da Luz Discente de Ciências Biológicas - Licenciatura, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Vinícius Manvailer Pós-graduando de Biologia Vegetal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Edna Scremin Dias Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.21826/2446-8231201873201

Palavras-chave:

Atlas, bancos de sementes, diásporo, guia

Resumo

Plântulas e diásporos são de extrema importância na recolonização de ambientes, contribuindo para a estabilização de áreas inundadas. Inexistem dados sistematizados sobre sementes, diásporos e plântulas de espécies de macrófitas que habitam áreas sazonalmente inundáveis do Pantanal. Objetivou-se desenvolver um guia com descrições morfológicas de plântulas, diásporos e sementes, assim como da estratégia de propagação vegetativa de macrófitas, inéditas para algumas espécies. Coletaram-se plântulas, diásporos e sementes em lagoas da subregião do Abobral/Pantanal. Pranchas contendo 24 espécies (14 famílias) foram elaboradas incluindo dados morfológicos e taxonômicos. As famílias e espécies descritas foram: Alismataceae (3 spp.), Araceae (1), Polygonaceae (3), Pontederiaceae (3), Cyperaceae (1), Lentibulariaceae (2), Nymphaeaceae (3), Onagraceae (2), Cabombaceae (1), Cannaceae (1), Hydrocharitaceae (1), Marantaceae (1), Plantaginaceae (1) e Rubiaceae (1), contemplando todas as formas de vida. Algumas espécies apresentam propagação vegetativa (estolão, fragmentação, rizomas e brotação), outras apresentaram somente frutos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abdon, M.M., Silva, J.S.V., Pott, V.J., Pott, A. & Silva, M.P. 1998. Utilização de dados analógicos do Landsat-Tm na discriminação da vegetação de parte da sub-região da Nhecolândia no Pantanal. Pesquisa Agropecuária Brasileira 33:1799-1813.

Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV 2016. Botanical Journal of the Linnean Society 181(1):1-20.

Arber, A. 1920. Water plants: a study of aquatic angiosperms. University Press, Cambridge. 436 p.

Bacigalupo, N.M. & Cabral, E.L. 1999. Revisión de las especies americanas del género Diodia (Rubiaceae, Spermacoceae). Darwiniana 37(12):153-165.

Baker, H.G. 1989. Some aspects of the natural history of seed banks. In Ecology of soil seed banks (M.A. Leck, T.V. Parker & R.L. Simpson, eds.). Academic Press, New York, p. 9-21.

Barroso, G.M., Morim, M.P., Peixoto, A.L. & Ichaso, C.L.F. 1999. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 443 p.

Bonis, A., Lepart, J. & Grillas, P. 1995. Seed bank dynamics and coexistence of annual macrophytes in a temporary and variable habitat. Oikos 74:81-92.

Cook, C.D.K. 1990. Aquatic plant book. Sciences Publish Corporation, The Hague, Netherlands. 228 p.

Daniel, O. & Jankauskis, J. 1989. Avaliação de metodologia para o estudo do estoque de sementes do solo. Série Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais 41-42:18-26.

Darwall, W., Smith, K., Allen, D., Seddon, M., McGregor Reid, G., Clausnitzer, V. & Kalkman, V. 2008. Freshwater biodiversity – a hidden resource under threat. In The 2008 review of the IUCN Red List of threatened species (J.C. Vié, C. Hilton-Tylor & S.N. Stuard, eds.). International Union for Conservation of Nature, Gland. 43 p.

Flora do Brasil 2014. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/. Acessado em 10/10/2014.

Guarim, V.L.M.S., Moraes, E.C.C., Prance, G.T. & Ratter, J.A. 2000. Inventory of a mesotrophic Callisthene cerradão in the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Edinburgh Journal of Botany 57:429-436.

Irgang, B.E. & Gastal Jr., C.V.S. 1996. Macrófitas aquáticas da planície costeira do RS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 20 p.

Junk, W.J., Bayley, P.B. & Sparks, R.E. 1989. The flood pulse concept in river-floodplain systems. Canadian Special Publication of Fisheries and Aquatic Sciences 106:110-127.

Junk, W.J. & da Silva, C.J. 1995. Neotropical floodplains: a comparison between the Pantanal of Mato Grosso and the Large Amazonian river

floodplains. In Limnology in Brazil (J.G. Tundisi, C.E.M. Bicudo & T. Matsumura-Tundisi, eds.). Academia Brasileira de Ciências e Sociedade Brasileira de Limnologia, Rio de Janeiro, p. 195-217.

Kissmann, K.G. 1997. Plantas infestantes e nocivas. Tomo 1, BASF, São Paulo. 825 p.

Koeppen, W. 1948. Climatologia: con um estudio de los climas de la tierra. Fondo de cultura economica, Mexico. 478 p.

Lima, C.T., Giulietti, A.M. & Santos, F.A.R. 2012. Flora of Bahia: Cabombaceae. Sitientibus, série Ciências Biológicas 12(1):61-68.

Lima, C.T., Santos, F.A.R. & Giulietti, A.M. 2014. Morphological strategies of Cabomba (Cabombaceae), a genus of aquatic plants. Acta Botanica Brasilica 28(3):327-338.

Matias, L.Q. 2007. O gênero Echinodorus (Alismataceae) no domínio da caatinga brasileira. Rodriguésia 58(4):743-774.

Matias, L.Q. & Sousa, D.J.L. de. 2011. Alismataceae in Ceará State, Brazil. Rodriguésia 62(4):887-900

Melo, E. 1996. O gênero Polygonum L. (Polygonaceae) no estado da Bahia, Brasil. Sitientibus 14:45-55.

Nascimento, H.C.E., Andrade, I.M.D., Silva, M.F.S. & Matias, L.Q. 2013. Pontederiaceae in the coastal region of Piauí, Brazil. Rodriguésia 64(3):625-634.

Pivari, M.O. 2009. Cabombaceae. In Plantas da floresta Atlântica (J.R. Stehmann, R.C. Forzza, A. Salino, M. Sobral, D.D. Costa, L.H.Y. Kamino, eds.). Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v.1, p.1-206.

Pott, V.J. 1998. A família Nymphaeaceae no Pantanal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 12(2):183-194.

Pott, V.J. & Pott, A. 2000. Plantas aquáticas do Pantanal. Embrapa, Brasília. 404 p.

Pozer, C.G. & Nogueira, F. 2004. Pastagens nativas inundáveis da região norte do Pantanal de Mato Grosso: variações de biomassa e de produtividade primária. Brazilian Journal of Biology 64(4):859-866.

Radam-Brasil. 1982. Projeto Radam-Brasil: Levantamento de Recursos Naturais. Ministério das Minas e Energia, Corumbá, v. 27, 448 p.

Rosa-Osman, S.M.D., Rodrigues, R., Mendonça, M.S.D., Souza, L.A.D. & Piedade, M.T.F. 2011. Morfologia da flor, fruto e plântula de Victoria amazonica (Poepp.) JC Sowerby (Nymphaeaceae). Acta Amazonica 41(1):21-28.

Secretaria of the Convention on Biodiversity - SCBD. 2010. Disponível em: https://www.cbd.int. Acessado em 10.10.2014.

Schimitz, M.C. 1992. Banco de sementes no solo em áreas do reservatório da UHE Paraibuna. In Recomposição da vegetação com espécies arbóreas nativas em reservatórios de usinas hidrelétricas da CESP (P.Y. Kageyama, ed.). Série Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais 8(25):7-8. Silva,

J.S.V. & Abdon, M.M. 1998. Delimitação do Pantanal Brasileiro e suas sub-regiões. Pesquisa Agropecuária Brasileira 33:1703-1711.

Soriano, B.M.A., Clarke, R.T. & Catella, A.C. 2001. Evolução da erosividade das chuvas na bacia do alto Taquari. Boletim de Pesquisa Embrapa Pantanal, Corumbá, v. 25, 18 p.

Tur, N.M. 1972. Embalsados y camalotes de la Región Isleña Del Paraná Médio. Darwiniana 17:397-407.

Uhl, C., Clark, K., Dezzeo, N. & Maquirino, P. 1988. Vegetation dynamics in Amazonian treefall gaps. Ecology 69:751-763.

Downloads

Publicado

2018-10-02

Como Citar

Lima, G. T. de, Catian, G., Luz, G. P. da, Manvailer, V., & Dias, E. S. (2018). Plântulas e sementes de macrófitas aquáticas de lagoas do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Iheringia, Série Botânica., 73(2), 69–87. https://doi.org/10.21826/2446-8231201873201

Edição

Seção

Artigos