Composição florística e estrutura da comunidade de trepadeiras da Floresta Atlântica no Sul de Santa Catarina, Brasil

Autori

  • Lislaine Cardoso Oliveira Universidade do Extremo Sul Catarinense http://orcid.org/0000-0002-5057-0402
  • Jaqueline Durigon Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Peterson Teodoro Padilha Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)
  • Vanilde Citadini-Zanette Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Parole chiave:

mecanismos de escalada, sul do Brasil, trepadeiras herbáceas, trepadeiras lenhosas.

Abstract

As trepadeiras são importantes na composição e estrutura das florestas tropicais e subtropicais. No presente estudo foi realizado levantamento florístico e fitossociológico das comunidades de trepadeiras no Parque Estadual da Serra Furada, Sul de Santa Catarina, Brasil. A flora local foi amostrada por meio de caminhamento exploratório, em áreas alteradas, enquanto que os dados estruturais foram registrados em áreas do interior da floresta. Foram amostradas 70 espécies, sendo 44 lenhosas e 26 herbáceas. As famílias de maior riqueza específica foram Asteraceae (14), Bignoniaceae (12) e Apocynaceae (oito). A estratégia de dispersão mais frequente foi anemocoria. Mickelia scandens (Raddi) R.C. Moran foi a espécie mais abundante e com maior Índice de Valor de Importância. O mecanismo de escalada com maior ocorrência foi o volúvel, enquanto em abundância o radicante. O estudo traz contribuições ao conhecimento da flora de trepadeiras do Sul do Brasil, visto que inclui as trepadeiras herbáceas, que raramente estão em estudos quantitativos deste grupo de plantas.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Jaqueline Durigon, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Docente e coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação do Campo

Peterson Teodoro Padilha, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (Doutorado), Herbário (CRI) Pe. Dr. Raulino Reitz

Vanilde Citadini-Zanette, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Docente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da UNESC, Herbário (CRI) Pe. Dr. Raulino Reitz

Riferimenti bibliografici

APG IV. The Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the ordens and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 181. n, 1, p. 1-20, 2016.

CAMPANILI, M. & SCHÄFFER, W. B. 2010. Mata Atlântica: patrimônio nacional dos brasileiros. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 410p.

CARNEIRO, J.S. & VIEIRA, A.O.S. 2012. Trepadeiras: florística da Estação Ecológica do Caiuá e chave de identificação vegetativa para espécies do Norte do Estado do Paraná. Acta Scientiarum 34(2): 217-223.

CITADINI-ZANETTE, V., SOARES, J.J. & MARTINELLO, C.M. 1997. Lianas de um remanescente florestal da microbacia do Rio Novo, Orleans, Santa Catarina Brasil. Insula 26: 45-63.

CITADINI-ZANETTE, V., SEVEGNANI, L., SANTOS, R., GASPER, A. L., VIBRANS, A. C. & SOBRAL, M. E. G. 2014. Plantas trepadeiras no Estado de Santa Catarina, Brasil: diversidade e distribuição. In: VILLAGRA, B. L. P.; MELO, M. M. R. F.; MELO, S. R. & BARBOSA, L. M. Diversidade e conservação de trepadeiras: contribuição para a restauração de ecossistemas brasileiros. São Paulo: Instituto de Botânica. 224 p.

CUSTÓDIO, S. Z. 2015. Samambaias e licófitas do quadrante sul do Parque Estadual da Serra Furada, Sul de Santa Catarina, Brasil. Dissertação 158 f., Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma,.

DURIGON, J., CANTO-DOROW, T. S. & EISINGER, S. M. 2009. Composição florística de trepadeiras ocorrentes em fragmentos de floresta estacional, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Rodriguésia 60(2): 415-422.

______. & WAECHTER, J. L. 2011. Floristic composition and biogeographic relations of a subtropical assemblage of climbing plants. Biodiversity and Conservation 20(5): 1027-1044.

______.; DURÁN, S.M. & GIANOLI, E. 2013. Global distribution of root climbers is positively associated with precipitation and negatively associated with seasonality. Journal of Tropical Ecology 29(4): 357-360.

______., MIOTTO, S. T. S. & GIANOLI, E. 2014. Distribution and traits of climbing plants in subtropical and temperate South America. Journal of Vegetation Science 25(6): 1484-1492.

______. 2014. Distribuição e atributos de espécies trepadeiras: análises em escala global, regional e local. Tese 216f. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

______.; FERREIRA, P. P. A., SEGER, G. D. S. & MIOTTO, S. T. S. 2014. Trepadeiras na Região Sul do Brasil. In: VILLAGRA, B. L. P., MELO, M. M. R. F., MELO, S. R. & BARBOSA, L. M. Diversidade e conservação de trepadeiras: contribuição para a restauração de ecossistemas brasileiros. São Paulo: Instituto de Botânica. 224 p.

EPAGRI. 2001. Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina. Dados e informações bibliográficas da unidade de planejamento regional litoral sul catarinense –UPR8. Florianópolis. EPAGRI, CD ROM.

FATMA. 2010. Fundação do Meio Ambiente. Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra Furada: Plano Básico - Projeto de Proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina (PPMA-SC). Florianópolis: Socioambiental Consultores Associados Ltda. 112 p.

FILGUEIRAS, T. S., NOGUEIRA, P. E., BROCHADO, A. L. & GUALA, G. F. 1994. Caminhamento: um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Caderno de Geociências 12: 39-43.

GENTRY, A. H. 1980. Flora Neotropica: Bignoniaceae - Part I (Tribes Crescentieae and Tourrettieae). Flora Neotropica Monograph 25(1): 1-150.

______. 1991a. The distribution and evolution of climbing plants. In: PUTZ, F.E.; MOONEY, H.A. (Ed.). The Biology of Vines. Cambridge: Cambridge University Press, p. 3-52.

______. 1991b. Breeding and dispersal systems of lianas. In: PUTZ, F.E. & MOONEY, H.A. (Ed). The Biology of Vines. Cambridge: Cambridge University Press, p. 393-426.

GERWING, J. J., SCHNITZER, S. A., BURNHAM, R. J., BONGERS, F., CHAVE, J., DE WALT, S. J., EWANGO, C. E. N., FOSTER, R., KENFACK, D., MARTINEZ-RAMOS, M., PARREN, M., PARTHASARATHY, N., PEREZ-SALICRUP, D. R., PUTZ, F. E. & THOMAS, D. W. 2006. A standard protocol for liana censuses. Biotropica 38(2): 256-261.

HEGARTY, E. E. Vine-host interactions. 1991. In: PUTZ, F. E. & MOONEY H. A. (Ed.). The biology of vines. Cambridge: Cambridge University Press, p. 357-375.

IBGE. 2012. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico da vegetação brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro, IBGE, 275p.

IPNI. 2015. The International Plant Names Index. Disponível em: <http://www.ipni.org. Acessado em 12.01.2015.

LAGOS, A. R. & MULLER, B. L. A. 2007. Hotspot brasileiro: Mata Atlântica. Saúde e Ambiente em Revista 2(2): 35-45.

LIMA, H. C., LIMA, M. P. M., VAZ, A. M. S. F. & PESSOA, S.V. A. 1997. Trepadeiras da reserva ecológica de Macaé de Cima. In: LIMA, H. C. & GUEDES-BRUNI, R. R. (Ed.). Serra de Macaé de Cima: Diversidade florística e conservação em Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p. 75-87.

LOHMANN, L. G. 2006. Untangling the phylogeny of neotropical lianas (Bignonieae, Bignoniaceae). American Journal of Botany 93: 304-318.

MARTINELLO, C.M., CITADINI-ZANETTE, V. & SANTOS, R. 1999. Produção de serapilheira das lianas de um remanescente de mata atlântica na microbacia do Rio Novo, Santa Catarina. Biotemas, 12(1): 49-65.

MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLENBERG, H. 2002. Aims and methods of vegetation ecology. The Blackburn Press, New Jersey, 547 p.

PHILLIPS, O.L., MARTINEZ, R.V., ARROYO, L., BAKER, T.R., KILLEEN, T., LEWIS, S.L., MALHI, Y., MENDONZA, A.M., NEILL, D., VARGAS, P.N., ALEXIADES, M., CERON, C.; DI FIORE, A., ERWIN, T.; JARDIM, A., PALACIOS, W., SALDIAS, M. & VINCENTI, B. 2002. Increasing dominance of large lianas in Amazonian forests. Nature 418: 770-774.

PRADO, J. & SYLVESTRE, L. 2015. Pteridófitas. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br. Acessado em 02.10.2015.

PUTZ, F. E. 1984. The natural history of lianas on Barro Colorado Island, Panama. Ecology 65(6): 19-23.

REIS, A. Apocináceas-Asclepiadóideas. 2004. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, parte 1, 250 p.

REITZ, R. 1968. Apocináceas. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, parte 1, fasc. Apoc, 112 p.

______. 1974. Bignoniáceas. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, parte 1, fasc. Bign, 172 p.

______. 1980. Passifloráceas. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, parte 1, fasc. Pass, 130 p.

REZENDE, A. A. 2005. Comunidade de lianas e sua associação com árvores em uma floresta estacional semidecidual. Tese 76 f. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

______. & WEISER, V. L. 2014. Estudos com trepadeiras no Brasil. In: VILLAGRA, B. L. P., MELO, M. M. R. F., MELO, S. R. & BARBOSA, L. M. (Org). Diversidade e conservação de trepadeiras: contribuição para a restauração de ecossistemas brasileiros. São Paulo: Instituto de Botânica, 224 p.

RITTER, M. R. & WAECHTER, J. L. 2004. Biogeografia do gênero Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 18(3): 643-652.

ROMANIUC-NETO, S., GODOI, J. V., VILLAGRA, B. L. P., ALMEIDA-SCABBIA, R. J. & MELO, M. M. R. F. 2012. Caracterização florística, fitossociológica e fenológica de trepadeiras de mata ciliar da Fazenda Campininha, Mogi Guaçu, SP, Brasil. Hoenea 39(1): 145-155.

SILVA, M. M. da. & QUEIROZ, L. P. de. 2013. A família Bignoniaceae na região de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Sitientibus: Série Ciências Biológicas, 3(1, 2): 3-21.

SANTOS, K., KINOSHITA, L.S. & REZENDE, A. A. 2009. Species composition of climbersinseasonalsemideciduous forest fragments of southeastern Brazil. Biota Neotropica 9(4): 175-188.

SANTOS, E. N., CAXAMBU, M. G., SILVA, A. R., HOPPEN, M. I. & VILLAGRA, B. L. P. 2014. Trepadeiras da Floresta Estacional Semidecídua no Estado do Paraná, Brasil. In: VILLAGRA, B. L. P., MELO, M. M. R. F., MELO, S. R. & BARBOSA, L. M. (Org). Diversidade e conservação de trepadeiras: contribuição para a restauração de ecossistemas brasileiros. São Paulo: Instituto de Botânica, 224 p.

SFAIR, J. C., ROCHELLE, A. L. C., MELIS, J., REZENDE, A. A., WEISER, V. L. & MARTINS, F. R. 2015. Theoretical approaches to liana management: a search for a less harmful method. International Journal for Biodiversity Science, Ecosystem Services et Management 11(2): 89-95.

SMITH, A. R., PRYER, K. M., SCHUETTPELZ, E., KORALL, P., SCHNEIDER, H. & WOLF, P. G. A. 2006. classification for extant ferns. Taxon 55(3): 705-731.

SOMNER, G. V. 1993. Duas espécies novas de Paullinia (Sapindaceae) para o sudeste do Brasil. Bradea 6(19): 167-172.

TABANEZ, A. A. & VIANA, V. M. 2000. Patch structure within brazilian Atlantic Forest fragments and implications for conservation. Biotropica 32(4): 925-933.

TERAMURA, A. H., GOLD, W. G. & FORSERTH, I. N. 1991. Physiological ecology of mesic, temperate woody vines. In: PUTZ, F. E. & MOONEY, H. A (Ed). The Biology of Vines. Cambridge: Cambridge University Press, p. 245-285.

UDULUTSCH, R. G., ASSIS, M. A. & PICCHI, D. G. 2004. Florística de trepadeiras numa Floresta Estacional Semidecídua, Rio Claro, Araras, Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 27(1): 124-134.

VIBRANS, A. C., McROBERTS, R. E., LINGNER, D. V., NICOLETTI, A. L. & MOSER, P. 2013. Extensão original e remanescentes da Floresta Ombrófila Densa em Santa Catarina. In: VIBRANS, A. C., SEVEGNANI, L., GASPER, A. L. de. & LINGNER, D. V. (Ed). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Blumenau, p. 25-34.

VILLAGRA, B. L. P. 2008. Diversidade florística e estrutura da comunidade de plantas trepadeiras no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Dissertação 172f. Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo.

______. 2012. Estrutura da comunidade de trepadeiras em Mata Atlântica, Santo André, SP, Brasil. Tese 150f. Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. São Paulo.

Pubblicato

2018-07-05

Come citare

Oliveira, L. C., Durigon, J., Padilha, P. T., & Citadini-Zanette, V. (2018). Composição florística e estrutura da comunidade de trepadeiras da Floresta Atlântica no Sul de Santa Catarina, Brasil. Iheringia, Série Botânica., 73(1), 5–12. Recuperato da https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/469

Fascicolo

Sezione

Artigos