Variação morfológica e distribuição da diatomácea de água doce Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen em ambientes continentais brasileiros.

Autores

  • Priscila Izabel Tremarin
  • Thelma Veiga Ludwig
  • Lezilda Carvalho Torgan

Palavras-chave:

Coscinodiscophyceae, taxonomia, ultraestrutura

Resumo

Aulacoseira ambigua é uma espécie de ampla distribuição mundial, cuja ocorrência e ultraestrutura foram bem documentadas, principalmente, para a América do Norte e Europa. Raros estudos sobre a morfologia da espécie foram desenvolvidos no Brasil. O presente trabalho descreve a ultraestrutura de A. ambigua com base na análise de 123 amostras de diferentes regiões brasileiras, compara sua morfologia com a de espécies semelhantes presentes na literatura e amplia sua distribuição no país. Aulacoseira ambigua caracteriza-se, principalmente, por apresentar estrias do manto oblíquo-curvadas, aréolas ocluídas por vola, abertura externa da rimopórtula oblíqua próxima ao colo, ringleist oco e pouco profundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Algarte, V.M., Moresco, C. & Rodrigues, L. 2006. Algas do perifíton de distintos ambientes na planície de inundação do alto rio Paraná. Acta Scientiarum Biological Sciences, 28(3): 243-251.

Bertolli, L., Tremarin, P.I. & Ludwig, T.A.V. 2010. Diatomáceas perifíticas em Polygonum hydropiperoides Michaux, reservatório do Passaúna,

Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, Brasil. Acta Botânica Brasilica, 24(4): 1065-1081.

Bicudo, C.E.M. & Menezes, M. 2006. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil. Rima, São Paulo. 502p.

Bicudo, D.C., Bicudo, C.E.M., Castro, A.A.J. & Picelli-Vicentim, M.M. 1993. Diatomáceas (Bacillariophyceae) do trecho a represar do rio Paranapanema (usina hidrelétrica de Rosana), Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea, 20(1-2): 47-68.

Cavalcante, K.P., Tremarin, P.L. & Ludwig, T.A.V. 2013. Taxonomic studies of centric diatoms (Diaomeae): unusual nanoplanktonic forms and new records for Brazil. Acta Botanica Brasilica, 27(2): 237-251.

Cardoso, L. de S. & Motta-Marques, D.M.L. 2004. Seasonal composition of the phytoplankton community in Itapeva lake (north coast of Rio Grande do Sul – Brazil) in function of hydrodynamic aspects. Acta Limnologica Brasiliensia, 16(4): 401-416.

Costa, J.C.F. & Torgan, L.C. 1991. Análise taxonômica de diatomáceas (Bacillariophyceae) do lago da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Iheringia. Série Botânica, 41: 47-81. Crawford, R.M. & Likhoshway, Y. 1998. The velum of species of the diatom genus Aulacoseira Thwaites. In Proceedings 15th International Diatom Symposium (J. John, ed.). A.R.G. Gantner Verlag K.G., Ruggell, p.

–287.

Crawford, R.M., Likhoshway, Y. & Jahn, R. 2003. Morphology and identity of Aulacoseira italica and typifi cation of Aulacoseira (Bacillariophyta). Diatom Research, 18(1):1-19.

Denys, L., Muylaert, K., Krammer, K., Joosten, T., Reid, M. & Rioual, P. 2003. Aulacoseira subborealis stat. nov. (Bacillariophyceae): a common but neglected plankton diatom. Nova Hedwigia, 77(3/4): 407-427.

Dunck, B., Nogueira, I.S. & Machado, M.G. 2012. Planktonic diatoms in lotic and lentic environments in the Lago dos Tigres hydrologic system (Britânia, Goiás, Brazil): Coscinodiscophyceae and Fragilariophyceae.

Braz. J. Bot., 35(2): 181-193

Edgar, S.M. & Theriot, E.C. 2003. Heritability of mantle areolar characters in Aulacoseira subartica (Bacillariophyta). Journal of Phycology, 39:1057-

Eskinazi-Leça, E., Cunha, M.G.G.S., Santiago, M.F., Borges, G.C.P., Lima, J.C., Silva, M.H., Lima, E.P. & Menezes, M. 2010. Bacillariophyceae. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://fl oradobrasil.jbrj.gov.br/2010/ FB120853. Acess in 13.Abril.2013.

aworth, E.Y . 1988. Distribution of diatom taxa of the old genus Melosira (now mainly Aulacoseira) in Cumbrian waters. In Algae and the aquatic environment. Contributions in honour of J.W.G. Lund. (F.E. Round,

ed.). Biopress Ltd., Bristol, p. 138-167.

Henry, R., Ushinohama, E. & Ferreira, R.M.R. 2006. Fitoplâncton em três lagoas marginais ao rio Paranapanema e em sua desembocadura no reservatório de Jurumirim (São Paulo, Brasil) durante um período

prolongado de seca. Revista Brasileira de Botânica, 29(3):399-441.

Houk, V. 2003. Atlas of freshwater centric diatoms with a brief key and descriptions. Part I. Melosiraceae, Orthoseiraceae, Paraliaceae and Aulacoseiraceae. In Czech Phycology Supplement. (A. Poulícková, ed.).

Olomouc: Czech Republic, v.1, p. 1-111.

Houk, V. & Klee, R. 2007 Atlas of freshwater centric diatoms with a brief key and descriptions. Part II. Melosiraceae and Aulacoseiraceae. Fottea, 7(2): 85-255.

Huber-Pestalozzi, G. 1942. Diatomeen. In Das Phytoplankton des Susswassers, Systematik und Biologie. (A. Thienimann, ed.), Stuttgart, E.

Schweizerbartsche Verlagsbuchhandlung, v.2, p. 367-549.

Hustedt, F. 1930. Bacillariophyta (Diatomeae). In Die Süsswasser-Flora Mitteleuropas (A. Pascher, ed.). G. Fischer, Jena., v.10, p. 1-466.

Kobayasi, H. & Nozawa, M. 1981. Fine structure of the fresh water centric diatom Aulacoseira ambigua (Grun.) Sim. Japanese Journal of Phycology, 29: 121-128.

Krammer, K. 1991. Morphology and taxonomy in some taxa of the genus Aulacoseira Thwaitesitalica- and lirata-groups. Nova Hedwigia, 53(3-4):477-496.

Krammer, K. & Lange-Bertalot, H. 1991. Bacillariophyceae, Teil. 3: Centrales, Fragilariaceae, Eunotiaceae. In Süsswasserfl ora Mitteleuropa (H. Ettl, I. Gerloff, H. Heynig & D. Mollenhauer, eds.). Fischer,

Stuttgart, part.2/3, p. 1-576.

Le Cohu, R. 1991 Morphologie des valves et du cingulum chez Aulacoseira ambigua (Grun.) Simonsen (Bacillariophycées). Quelques observations sur les phases pré- et postauxospores. Nova Hedwigia, 53:

-421.

Likhoshway, Y. V. & Crawford, R. M. 2001. The rimoportula – a neglected feature in the systematics of Aulacoseira. In Proceedings 16th International Diatom Symposium (A. Economou-Amilli, ed.). Amvrosiou

Press, Athens, p. 33–47.

Metzeltin, D. & Lange-Bertalot, H. 2007. Tropical Diatoms of South America II. Special remarks on biogeographic disjunction. In Iconographia Diatomologica. Annoted diatom micrographs (H. Lange-Bertalot, ed.). Koeltz Scientifi c Books, Stuttgart, v.18, 877p.

Moreira-Filho, H. & Valente-Moreira, I.M. 1981. Avaliação taxonômica e ecológica das diatomáceas (Bacillariophyceae) epífi tas em algas pluricelulares obtidas nos litorais dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Boletim do Museu Botânico Municipal, 47:1-17.

Patrick, R. 1940. Diatoms of Northeastern Brazil. Part I. Coscinodiscaceae, Fragilariaceae and Eunotiaceae. Proceedings of the Academy of Natural Science of Philadelphia, 92: 191-226.

Perbiche-Neves, G., Ferrareze, M., Ghidini, A.R., Brito, L. & Shirata, M. 2007. Assembléias microfi toplanctônicas num lago urbano da cidade de Curitiba (Estado do Paraná, Brasil). Estudos de Biologia, 29: 43-51.

Perbiche-Neves, G., Ferrareze, M.F., Serafi m-Júnior, M., Shirata, M.T. & Lagos, P.E.D. 2011. Infl uence of atypical pluviosity on phytoplankton assemblages in a stretch of a large sub-tropical river (Brazil). Biologia

Bratislava, 66: 33-41.

Potapova, M.G., Bixby, R.J., Charles, D.F., Edlund, M.B., Enache, M.E., Furey, P., Hamilton, P.B., Lowe, R.L., Manoylov, K.M., Ognjanova-Rumenova, N., Ponader, K.C., Ren, L., Siver, P.A., Spaulding, S.A. &

Zalack, J. 2008. Eighteenth NAWQA Workshop on Harmonization of Algal Taxonomy. Representatives of the genus Aulacoseira Thwaites in

NAWQA samples. Report No. 08-07. PCER, ANSP, Philadelphia, PA. 56p.

Raupp, S.V., Torgan, L.C. & Baptista, L.R.M. 2006. Composição e variação temporal de diatomáceas (Bacillariophyta) no plâncton da represa de Canastra, sul do Brasil. Iheringia. Série Botânica, 61(1-2): 105-134.

Rodrigues, L. 1991. Contribuição ao conhecimento das diatomáceas do rio Tubarão, Santa Catarina, Brasil. Insula, (14): 47-120.

Round, F.E., Crawford, R.M. & Mann, D.G. 1990. The diatoms: biology and morphology of the genera. Cambridge University Press, New York. 670p.

Silva, C.A. da, Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fi toplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum,

(2): 283-290.

Silva, A.M., Ludwig, T.A.V., Tremarin, P.I. & Vercellino, I.S. 2010. Diatomáceas perifíticas em um sistema eutrófi co brasileiro (reservatório do Iraí, estado do Paraná). Acta Botânica Brasilica, 24(4): 997-1016.

Silva, W.J., Nogueira, I.S. & Souza, M.G.M. 2011. Catálogo de diatomáceas da região Centro-Oeste brasileira. Iheringia. Serie Botânica, 66(1): 1-32.

Simonsen, R. 1974. The diatom plankton of the Indian Ocean expedition of the R/V Meteor 64-65. Meteor Forschungsergebnisse, ser. D., v.19, p. 1-107.

Siver, P.A. & Kling, H. 1997. Morphological observations of Aulacoseira using scanning electron microscopy. Canadian Journal of Botany, 75: 1807-1835.

Souza-Mosimann, R.M. 1983. Levantamento das Bacillariophyceae (diatomáceas) da lagoa do Peri, ilha de Santa Catarina, Estado de Santa Catarina, Brasil. Ínsula (13): 1-28.

Souza-Mosimann, R.M., Laudares-Silva, E., Talgatti, D.M. & D’Aquino-Rosa, V. 2011. The diatom fl ora in Conceição Lagoon, Florianópolis, SC, Brazil. Ínsula (40): 25-54.

Torgan, L.C., Becker, V. & Prates, M. 1999. Checklist das diatomáceas (Bacillariophyta) de ambientes de águas continentais e costeiros o estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série Botânica (52): 89-144.

Tremarin, P.I., Freire, E.G., Bertolli, L.M. and Ludwig, T.A.V. 2009. Catálogo das diatomáceas (Ochrophyta- Diatomeae) continentais do estado do Paraná. Iheringia. Série Botânica, 64(2): 79-107.

Van Heurck, H. 1882. Synopsis des Diatomées de Belgique. Atlas. Ducaju & Cie., Anvers. pls 78-103.

Downloads

Publicado

2013-06-10

Como Citar

Tremarin, P. I., Ludwig, T. V., & Torgan, L. C. (2013). Variação morfológica e distribuição da diatomácea de água doce Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen em ambientes continentais brasileiros. Iheringia, Série Botânica., 68(1), 139–157. Recuperado de https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/46

Edição

Seção

Artigos