Grupos funcionais da vegetação campestre de Alagados, Ponta Grossa, Paraná

Auteurs-es

  • Janaíne Mioduski
  • Rosemeri Segecin Moro

Mots-clés :

espectro biológico, estepe gramíneo-lenhosa, campos sulinos

Résumé

Os Campos Gerais constituem uma área de grande relevância ecológica sob forte pressão antrópica, sendo considerada prioritária para a conservação. Estudos mais recentes de restauração ambiental levam em conta grupos funcionais ao invés de espécies na elaboração de estratégias de restauração. Nesse estudo a vegetação campestre nativa de Alagados foi caracterizada através de grupos funcionais como subsídio à planos de recomposição da flora. Em coletas quinzenais no período 2009/2010 em 9,4 ha foram levantados 439 táxons pertencentes a 56 famílias botânicas, sendo as com maior riqueza: Asteraceae (123), Fabaceae (45), Poaceae (42), Cyperaceae (24), Melastomataceae (17), Myrtaceae (16), Lamiaceae (14), Verbenaceae (12), Lythraceae (11) e Eriocaulaceae (9). O grupo funcional mais representativo foi o de caméfitos (44,4%), seguido por geófitos (25,6%) e hemicriptófitos (15,6%), indicando que a estratégia utilizada por estes grupos é bastante vantajosa para plantas de campos de altitude selecionadas pelo inverno rigoroso do sul do Brasil.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Behling, H., Jeske-Pieruschka, V., Schüler, L. & Pillar, V.P. 2009. Dinâmica dos campos no sul do Brasil durante o Quaternário Tardio. In Campos Sulinos: conservação e uso sustentável da biodiversidade (V.P.

Pillar, S. Muller, eds). Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p. 13-25.

Bilenca, D.N. & Minarro, F. 2004. Identificación de áreas valiosas de pastizal (AVPs) en las Pampas y campos de Argentina, Uruguay y sur de Brasil. Fundação Vida Silvestre Argentina, Buenos Aires. 352 p.

Carmo, M.R.B. 2006. Caracterização fitofisionômica do Parque Estadual do Guartelá, município de Tibagi, estado do Paraná. 152 f. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.

Cruz, G.C.F. 2007. Alguns aspectos do clima dos Campos Gerais. In Patrimônio natural dos Campos Gerais do Paraná (M. S. Melo, R. S. Moro & G. B. Guimarães, eds.). Ponta Grossa: Ed. Universidade Estadual de

Ponta Grossa. p. 59-72.

Dalazoana, K. 2010. Espacialização dos remanescentes de campos nativos na Escarpa Devoniana do Parque Nacional dos Campos Gerais. 144 f. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa. Danserau, P. 1957. Biogeography: an ecological perspective., Ronald Press, New York. 394 p.

Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R. (Coord.) 1989. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica. (Série Documentos). 62 p.

Hammer, Ø., Harper, D.A.T. & Ryan, P. D., 2001. PAST: Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeontologia Electronica 4(1): 9pp. http://palaeo-lectronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm (acesso em 16.11.2010)

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2004. Mapa de biomas do Brasil. Brasília. www.ibge.gov.br/mapas (acesso em 20.04.2010)

Martins, C.R.; Leite, L.L. & Haridasan, M. 2004. Capim - gordura (Melinis minutiflora P. Beauv.), uma gramínea exótica que compromete a recuperação de áreas degradadas em unidades de conservação. Revista Árvore, 28(5):739-747.

Martins, F.R. & Batalha, M.A. 2001. Formas de vida, espectro biológico de Raunkiaer e fisionomia da vegetação. Apostila. Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Meira Neto, J.A.A., Martins, F.R. & Valente, G.E. 2007. Composição florística e espectro biológico na Estação Ecológica de Santa Bárbara, estado de São Paulo, Brasil. Revista Árvore, 31(5):907-922.

Ministério do Meio Ambiente - Secretaria de Biodiversidade e Florestas. 2002.Biodiversidade brasileira: avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Brasília. 404 p.

Müller, S. C. 2005. Padrões de espécies e tipos funcionais de plantas lenhosas em bordas de floresta e campo sob influência do fogo. 135f. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

Müller, S.C., Overbeck, G.E.; Pfadenhauer, J. & Pillar, V. D. 2007. Plant functional types of woody species related to fire disturbance in forest-grassland ecotones. Plant Ecology, 189:1-14.

Pillar, V.D. 1999. On the identification of optimal plant functional types. Journal of Vegetation Science, 10:631-640.

Pillar, V.D. (coord. geral). 2006. Estado atual e desafios para a conservação dos campos. Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 24 p.

Raunkiaer, C. 1934. The life forms of plants and statistical plant geography. Clarendon Press, Oxford. 104 p.

Sosinski Junior, E. E. & Pillar, V. D. 2004. Respostas de tipos funcionais de plantas à intensidade de pastejo em vegetação campestre. Pesquisa Agripecuária Brasileira, 39(1):1-9.

Téléchargements

Publié-e

2011-11-20

Comment citer

Mioduski, J., & Moro, R. S. (2011). Grupos funcionais da vegetação campestre de Alagados, Ponta Grossa, Paraná. Iheringia, Série Botânica., 66(2), 241–256. Consulté à l’adresse https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/53

Numéro

Rubrique

Artigos